sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

INL lidera desenvolvimento de "solução inovadora" para monitorizar maturação das uvas


O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, lidera um projeto para encontrar uma "solução inovadora" de monitorização contínua, em tempo real, da maturação da uva e do stresse hídrico da videira, determinando o momento certo para vindimar.

Lusa
05 Fevereiro 2019 — 18:30

Em comunicado enviado hoje à Lusa, o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), que lidera o projeto iGrape que integra parceiros de Portugal, Itália e Alemanha explica que o objetivo da nova solução é "desenvolver um dispositivo inteligente totalmente integrado e autónomo, pequeno e de baixo custo, capaz de medir o nível de maturação da uva e o stresse hídrico da videira por deteção ótica".

Segundo o INL, o dispositivo que está a ser desenvolvido pelo iGrape, projeto selecionado para financiamento do programa competitivo de Investigação e Inovação da União Europeia, Horizonte 2020, vai ser "completamente autónomo, com bateria própria, pré-processamento de sinal e módulo de comunicação sem fios, permitindo medir e transmitir as leituras regularmente para uma estação remota de colheita de dados durante o período necessário (cerca de três meses)".

No texto, o INL refere que "existem vários indicadores do momento certo para colher as uvas e levá-las para serem processadas", sendo que a solução em desenvolvimento cobre alguns dos essenciais, "nomeadamente o stresse hídrico da videira e a maturação da uva (em ambas as dimensões, sensoriais e tecnológicas - por exemplo, antocianinas e níveis de açúcar nos bagos de uva)".


O iGrape "pretende contribuir de forma significativa para a agricultura de precisão" e vai ser desenvolvido durante 36 meses, "levando a Internet das Coisas (IoT) às vinhas".

No entanto, o INL não descarta novas aplicações, apontando que o iGrape poderá ser também aplicado na agricultura e produção de fruta, "um setor com importância significativa na economia global".

O projeto teve origem em contactos entre o INL e a empresa vitivinícola portuguesa Sogrape, com quintas em Portugal, Espanha, Argentina, Chile e Nova Zelândia e envolver parceiros com os conhecimentos específicos como a INESC MN (Portugal), a Universidade de Freiburg (Alemanha), o Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - Produção, Paisagem, Agroenergia - Universidade de Milão (Itália) e a Automation SRL (Itália).

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