Lusa
01 Abril 2019 — 12:26
O ministro da Agricultura e Alimentação francês, Didier Guillaume, manifestou hoje, em Luanda, disponibilidade do seu país em "ampliar a cooperação" com Angola no domínio da agricultura, sobretudo na formação de jovens no setor agroalimentar.
"A França pode ajudar a desenvolver Angola no domínio da agricultura, acabo de fazer a entrega de uma carta pessoal do Presidente Macron para o seu homólogo angolano onde ele manifesta a sua disponibilidade em ajudar a desenvolver a agricultura angolana", disse hoje aos jornalistas, em Luanda.
Falando no final da audiência que lhe foi concedida pelo Presidente angolano, João Lourenço, o governante francês, que iniciou hoje a sua visita oficial de dois dias a Angola, disse que a aposta do seu país é "alargar a cooperação", sobretudo no domínio da formação.
Segundo Didier Guillaume, a formação vai munir os jovens de conhecimento para poderem "cultivar melhor as terras".
"Vamos amanhã a Malanje para podermos, no quadro do instituto local, vermos em que medida podemos desenvolver as diferentes fileiras de formação no domínio da agricultura", referiu.
Em Malanje, "já existe uma cooperação" e as autoridades francesas estão empenhadas em "amplificá-la, ir para além daquilo que já existe", assegurou o governante francês.
O ministro da Agricultura e Alimentação francês iniciou hoje em Angola uma visita de dois dias, no quadro dos acordos de cooperação bilateral, estando ainda prevista para esta tarde uma reunião conjunta entre delegações de ambos os países.
Por seu lado, o ministro da Agricultura e Floresta de Angola, Marcos Alexandre Nhunga, assinalou que a visita do seu homólogo francês traz bons reflexos para Angola, recordando que França é um dos maiores produtores mundiais e com alta tecnologia agrícola.
"Acredito que uma cooperação só traz mais-valia. Vamos priorizar a formação de quadros, também vamos trabalhar na questão ligada a produção de vacinas, onde a França tem uma experiência enorme", realçou.
O governante angolano apontou igualmente perspetivas de novos projetos entre ambos os países, ligados, sobretudo, ao setor do algodão, a par da formação superior com o intuito de "profissionalizar" os institutos médios agrários angolanos.
"Vamos também desenhar projetos ligados ao algodão, porque a França tem uma produção muito forte nesta aérea com o oeste africano e podemos colher esta experiência, [além de que] tem vários institutos que forma muito bem os quadros (...)" adiantou.
Na terça-feira, último dia de visita, Didier Guillaume visita o Instituto Superior de Tecnologia Agroalimentar de Malanje e a Escola Gustavo Eiffel de Malanje, acompanhado por vários ministros angolanos.
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