Mais de 9 mil bombeiros estão preparados para enfrentar a época mais crítica em fogos florestais. Este ano, o número de área ardida é o mais baixo da última década
02 Julho 2016 • Susana Lúcio
Entre 1 de Janeiro e 15 de Junho arderam 1245 hectares em Portugal. O número parece elevado, mas em comparação ao que ardeu em 2015 é baixo. No ano passado, no mesmo período, as chamas consumiram 14.971 hectares, menos 88 por cento do que este ano.
A diferença não dá conforto ao comandante nacional operacional, José Manuel Moura. "Ainda tivemos 1800 incêndios", disse à SÁBADO.
Os bons resultados têm várias explicações. "Tivemos condições meteorológicas favoráveis com chuva até Maio. Mas ainda assim, não reduzimos o dispositivo", disse o comandante nacional operacional.
Para além disso, foram realizadas 304 acções de treino sobre segurança e comportamento de frente de fogo para 7100 operacionais, incluindo 5400 bombeiros.
"Também contámos com a ajuda da GNR que identificou cerca de mil suspeitos de fogo posto e da PSP, que prendeu cerca de uma centena de incendiários", esclarece José Manuel Moura.
Mas, o comandante nacional operacional não espera que a época crítica em que entrámos seja fácil. "Somos um país mediterrânico com Verões quentes e secos e em que o risco de incêndio florestal é elevado."
O comandante apela ao bom comportamento dos portugueses. "A causa humana é a principal responsável pela ignição dos fogos, o cidadão é um pilar na defesa da floresta."
Este ano vão estar no terreno 9708 operacionais, 2043 viaturas e 47 meios aéreos, um dispositivo idêntico ao do ano anterior.
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