O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai avançar, no próximo
ano lectivo, com uma licenciatura em Tecnologias de Produção de
Biocombustíveis, iniciativa que está a gerar a expectativa por parte
da comunidade escolar.
"É uma aposta estratégica do IPP, da região, no sentido de estimular o
desenvolvimento", diz à Agência Lusa Paulo Brito, responsável pelo
departamento de Tecnologias e Design da Escola Superior de Tecnologia
e Gestão de Portalegre (ESTG).
A criação deste curso, segundo Paulo Brito, está ligada às
"potencialidades que o Alto Alentejo tem na área da produção de
biocombustíveis".
"A indústria instalada é muito agro-industrial e a produção de
biocombustíveis também surge da utilização de resíduos dessas
indústrias", explica.
A iniciativa, que nasce de uma "estratégia" montada por parte do IPP
para a área dos biocombustíveis, está a gerar "expectativa" e a
"curiosidade" por parte da comunidade escolar.
"O curso ainda não foi a concurso e não sabemos qual é a procura",
mas, "desde que foi aprovado, registado e divulgado, tem havido muitas
pessoas a mostrar interesse e a solicitar informações, o que é
positivo", sublinha.
Este curso tem como objectivo a formação de quadros com competências
que vão desde as áreas de tecnologias de produção agrícola e de gestão
de resíduos agrários e industriais até às de tecnologias industriais
de produção de biocombustíveis e outros produtos químicos, numa lógica
baseada na bio-refinação.
No âmbito das energias renováveis, este é o terceiro curso lançado
pelo IPP, depois da licenciatura em Engenharia das Energias Renováveis
e Ambiente e do mestrado em Tecnologias de Valorização Ambiental e
Produção de Energias.
Englobado também nesta estratégia, foi já anunciada a criação, num dos
terrenos pertencentes à ESTG, de um centro de bioenergia, num
investimento superior a 1,7 milhões de euros, com apoio de fundos
comunitários.
Este projecto deverá estar no terreno "entre 2014 e 2015", diz à Lusa
Tiago Gaio, da Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte
Alentejano e Tejo (AREANATejo), parceira da iniciativa.
"O IPP pretende criar uma incubadora de empresas, ou seja, uma nave
com pequenas unidades industriais na área da bioenergia, a funcionar
com diferentes biocombustíveis", explica.
O centro, segundo Tiago Gaio, vai contar também com um laboratório
"especializado em tudo o que seja análise, investigação científica,
estudos e projectos na temática daquilo que é a bioenergia a nível
industrial".
A criação do centro surge no quadro do Sistema Regional de
Transferência de Tecnologia (SRTT) e do Parque de Ciência e Tecnologia
do Alentejo (PCTA), que agrega todas as instituições de ensino
superior da região, empresas e outras instituições alentejanas.
http://www.correioalentejo.com/?diaria=9620&page_id=36
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