Maio 31
10:55
2016
A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou, desde o início do ano, 28 mortos e 12 feridos graves em Portugal continental, devidos a acidentes com tractores agrícolas.
Coimbra foi o distrito com mais mortes nestes cinco meses (cinco), seguido de Braga (quatro), Leiria, Viseu e Castelo Branco (três mortos cada um), Beja, Bragança, Lisboa e Santarém (dois mortos cada um). Os distritos de Viana do Castelo e Vila Real registaram um morto neste período, perfazendo as 28 vítimas mortais, todas com idades acima dos 60 anos.
A GNR assume estar muito preocupada com este flagelo, que, em média, desde Janeiro, provocou quase seis vítimas mortais por mês e apela aos agricultores para que adoptem comportamentos de segurança.
A maioria dos acidentes acontece por capotamento do tractor, tendo como consequência o esmagamento do condutor. O 'arco de Santo António' poderia ter salvado muitos, se fosse usado na altura do acidente, alerta a GNR, referindo-se à barra de ferro em forma de U invertido que pode ser colocada no tractor, sobre a cabeça do condutor, mas não é obrigatória. Em caso de capotamento, esta estrutura pode impedir o esmagamento do condutor.
Esta força de segurança sublinha que tem levado a cabo diversas acções de sensibilização na sua área de actuação de norte a sul de Portugal continental e deixa outros conselhos aos agricultores.
Alertam para não esquecerem a manutenção do veículo, já que o seu mau funcionamento ou falta de limpeza podem causar acidentes; utilizar os acessórios de iluminação e sinalização, de acordo com a lei; frequentar acções de formação teóricas e práticas; conhecer os riscos da condução de tractores agrícolas e circular com segurança.
A GNR apela, também, para que os agricultores não conduzam sob o efeito do álcool, fadiga ou com excesso de velocidade, pede para que sejam respeitados os limites do tractor, não o sobrecarregando e frisa que transportar passageiros 'à pendura' é proibido e perigoso.
LUSA
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