Maio 30
11:55
2016
O Governo Regional da Madeira revelou que pretende tornar a agricultura biológica predominante na região, tendo definido medidas que visam o aumento da área em 7% e do número de agricultores em 10% ao ano, até 2020.
Segundo Ramiro Pereira, da Direcção de Serviços de Desenvolvimento Agrícola, responsável pela apresentação do Plano Estratégico 2016/2020 para o sector, querem sensibilizar as novas gerações de agricultores, no sentido de tornar a agricultura biológica predominante na Madeira a médio e longo prazo.
O documento foi aprovado em Conselho de Governo e, pouco depois, apresentado publicamente na feira "BIOlogicamente", que decorre no Funchal até 29 de maio.
Actualmente, o número de agricultores biológicos na região autónoma é de 110, contando com os que estão em fase de conversão, para uma área de cultivo de 150 hectares.
O objectivo geral do plano é impulsionar a agricultura biológica de forma significativa, quer em número de produtores, quer em área, considerando que a ilha do Porto Santo, por exemplo, tem condições para se tornar uma zona de produção 100% biológica.
O técnico afirma que é possível alcançar este objectivo, na medida em que o Porto Santo é uma área isolada e não está afectado pelas pragas e doenças mais complicadas. Acrescentou que a realidade fitossanitária permite-nos pensar que será relativamente fácil converter toda a ilha do Porto Santo ao modo de produção biológico, a médio e longo prazo.
Na Madeira, o modo de produção biológico predomina ao nível da fruticultura (43% do total), seguindo-se a horticultura (16%), os frutos secos (14%), a banana (9%), a vinha e pastagens, cada uma delas com cerca de 5%.
Ramiro Pereira salientou, no entanto, que a oferta de produtos biológicos é deficitária e, segundo os dados oficiais, em termos de área de cultivo, até regrediu um pouco.
LUSA
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