INCÊNDIOS FLORESTAIS
As três principais fileiras: Eucalipto, pinho bravo e sobreiro os preços são estipulados, unilateralmente, pela indústria. Há quem chame a isto concorrência imperfeita, eu chamo-lhe monopólio organizado em cartel. Para controlar os preços baixos fazem importações de produtos florestais, de pior qualidade, a preços mais elevados. È obvio, que por falta de rentabilidade existem dois milhões de hectares abandonados. O peso económico da floresta tem vindo a diminuir em 1990 o VAB era de 1,2% em 2015 baixou para 0,6 %. Não há mundo rural vivo sem agricultura e floresta. Não pode haver mundo rural vivo sem pessoas que dele vivam e sem que haja serviços públicos que as possam apoiar, como sejam escolas, postos médicos, pequeno comércio ativo, transportes etc. A políticade austeridade concretizada pelo anterior Governo acentuou o abandono e o envelhecimento do mundo rural.
Para dar combate aos incêndios, mais que palavras e atos circunstanciais, são necessárias medidas concretas; como declarar guerra aos monopólios das fileiras agro-florestais e medidas de rejuvenescimento do mundo rural.
Com um investimento aproximado de 60 milhões de eurosalocados àcriação de equipas de sapadores florestais, na perspectiva de acções de silvicultura preventiva permanente, daria para criar uma equipade 6 pessoas em cada uma das freguesias rurais de Portugal, com uso e aptidão florestal, criando 6.000 postos de trabalho. Tal "exército" de mão-de-obra empenhadoe a residir nos espaços agro-florestais com as suas famílias seria o garante de uma prevenção eficaz evitando os incêndios florestais.
José Mesquita Milheiro
Presidente de Direcção da AFIN
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