O Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado (APPAROZ) está a desenvolver o processo para a certificação do arroz de Alcácer do Sal. Com o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal o processo ainda está a ser avaliada pelo Ministério da Agricultura, mas segundo João Reis Mendes, Presidente da APPAROZ, "no decorrer deste ano esperamos a primeira decisão interna".
O processo que é "moroso" terá depois de ser encaminhado para Bruxelas, mas quer a autarquia, quer a Associação esperam que "o arroz carolino de Alcácer do Sal venha a ter a sua certificação que irá dar notoriedade ao produto".
Em Alcácer do Sal existe a maior área de cultivo de arroz do país, são seis mil hectares e o número de produtores de arroz é estável, mantêm-se nos 300. O desenvolvimento deste setor, a par da fileira do pinhão, do azeite, vinhos e do turismo, são segundo o Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vitor Proença, as "áreas essenciais de aposta do Município e que contam com o apoio incondicional da autarquia".
O Encontro da Orizicultura Portuguesa está a decorrer no Auditório Municipal de Alcácer do Sal com a presença de produtores, empresas e vários agentes ligados à atividade. As aves e o cultivo do arroz no Estuário do Sado com a apresentação de um estudo feito pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas sobre o impacto da avifauna na cultura do arroz foi um dos temas de debate desta manhã.
Foram apresentadas algumas conclusões do estudo que pretende minimizar as consequências de espécies como a cegonha, flamingos, pardais e outras espécies de aves nos campos de arrozais, assim como técnicas de espantamento. Um tema que preocupa os produtores de arroz da região de Alcácer do Sal que partilharam experiencias com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
A sessão de encerramento vai contar com a presença do Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-Alimentar, Nuno Vieira e Brito, prevista para as 17h00, antes, a PAC pós 2013- aspetos mais relevantes para o setor do arroz vai estar em debate. João Reis Mendes, Presidente da APPAROZ disse que "ainda existem aspetos importantes para definir sabendo desde já que o setor vai ser afetado", mas "importa apurar as medidas que o governo vai adoptar para minimizar o impacto da Política Agrícola Comum no setor da produção de arroz".
Outra preocupação dos produtores de arroz portugueses incide na entrada no país sem controle de arroz agulha proveniente de países asiáticos.
"Defendemos uma fiscalização do arroz a granel que vem através dos portos nacionais e muitas vezes com poucas condições de higiene", referiu João Reis Mendes adiantando no entanto que existe da parte das autoridades o compromisso de fiscalização.
Quarta-Feira, 23 de Abril de 2014
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