O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural participa
hoje numa jornada de trabalho no Pinhal de Leiria para divulgar as
operações de gestão florestal e silvicultura preventiva nas áreas
tuteladas pelo Estado.
À agência Lusa, o secretário de Estado Rui Barreiro disse ontem que a
iniciativa quer "dar a conhecer o trabalho que é realizado nas matas
sob gestão pública", cujas acções pretendem assegurar "uma correcta
intervenção florestal" de forma a prevenir incêndios florestais e
problemas fitossanitários.
"Julgamos que esta é a forma mais correcta de dar visibilidade ao
trabalho que a Autoridade Florestal Nacional está a desenvolver (…),
mas também, de alguma forma, incentivar os privados a realizarem o seu
trabalho de prevenção", afirmou o governante.
A jornada, que começa às 10:30 no Bairro Florestal de Pedreanes, na
Marinha Grande, inclui a apresentação do aproveitamento da regeneração
natural do pinheiro bravo, as iniciativas de defesa da floresta contra
incêndios ou o trabalho de recuperação de áreas ardidas apoiado pela
sociedade civil.
Rui Barreiro adiantou que o plano de gestão florestal vai permitir que
o Pinhal de Leiria possa ser a primeira mata nacional de pinheiro
bravo a obter a certificação florestal, numa iniciativa que deverá
estender-se, no futuro, a outras matas.
"A certificação florestal é essencial para acrescentar valor, por um
lado, àquilo que é a produção florestal e, por outro lado, para servir
também de exemplo aos privados", declarou, sublinhando que a indústria
reclama "há alguns anos" a criação de incentivos "à produção de
floresta certificada".
No caso do Pinhal de Leiria, também conhecido por Pinhal do Rei,
devido ao facto de ter sido D. Dinis a promover a sua sementeira, o
secretário de Estado não tem dúvidas de que as receitas da exploração,
superiores a 1,5 milhões de euros em 2010, vão aumentar com a
certificação.
Questionado se a Mata Nacional de Leiria está, neste momento, a salvo
do nemátodo da madeira do pinheiro, Rui Barreiro respondeu
afirmativamente, ressalvando, contudo, que tal não significa que se
possa estar descansado.
"Os problemas da fitossanidade só se resolvem com a gestão activa e
sustentável da floresta, não é por medidas legislativas
exclusivamente", garantiu.
Defendendo que com um "envolvimento activo na gestão" é possível
"resolver muitos dos problemas" da floresta, como os incêndios
florestais ou as questões fitossanitárias, o secretário de Estado
observou: "No caso concreto do nemátodo da madeira do pinheiro esta
gestão sustentável da floresta é essencial para evitar que esses
problemas aconteçam".
O Pinhal de Leiria ocupa dois terços do concelho da Marinha Grande e
ainda uma franja do município de Leiria.
Esta mata nacional tem uma área superior a 11 mil hectares e é
explorada há cerca de 700 anos.
Fonte: Lusa
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/01/19b.htm
Sem comentários:
Enviar um comentário