O SERQ - Centro de Inovação e Competências da Floresta, sediado na Sertã, está a desenvolver um projeto para o aproveitamento económico da madeira da acácia, que poderia também ajudar a controlar esta espécie invasora.
O projeto começou a ser desenvolvido "de forma mais incisiva nos últimos seis meses", procurando desenvolver e validar produtos com base na aplicação da madeira da acácia, uma espécie invasora, disse à agência Lusa o vice-presidente do SERQ, Alfredo Dias, que explicou a iniciativa ao primeiro-ministro, António Costa.
O governante visitou hoje aquele centro, no distrito de Castelo Branco, e no discurso aproveitou para enaltecer a ideia.
"Estamos a dar enfoque a várias espécies, mas um dos enfoques principais é a acácia, porque é um problema, porque tem que ser removida do nosso espaço florestal e porque tem propriedades tecnológicas bastante interessantes", explicou o também investigador da Universidade de Coimbra.
Segundo Alfredo Dias, este é um projeto que "vai demorar algum tempo", mas espera-se que, em meio ano, se esteja a desenvolver os primeiros protótipos de produtos.
"Estamos em fase de protótipo com pequenas experiências-piloto no território, como colocar mobiliário urbano de acácia num bosque aqui do território", acrescentou, referindo que a iniciativa está a ser desenvolvida em parceria com a Câmara da Sertã, associação de produtores florestais e indústria.
Durante a visita do primeiro-ministro, Alfredo Dias explicou que o SERQ está também a desenvolver um projeto que "aplica novas tecnologias ao pinho", aumentando o aproveitamento da madeira e a sua capacidade de resistência.
O SERQ tem como sócios fundadores o município, a Universidade de Coimbra e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, e tem como foco de atividade a investigação e transferência de conhecimento em torno da transformação da madeira.
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