8 de Abril, 2011
O secretário de Estado das Floresta e do Desenvolvimento Rural, Rui
Barreiro, afirmou esta sexta-feira em Albergaria-a-Velha que «a
floresta não está em crise» mas defendeu que o país pode ter «mais e
melhor floresta».
«Ao contrário de outros sectores, a floresta tem mostrado uma grande
pujança. As fileiras florestais são já o terceiro sector exportador e
geram quase quatro por cento do PIB nacional e isso mostra bem a
importância da floresta em Portugal», disse Rui Barreiro.
Por outro lado, o governante realçou que, num período em que é
necessário criar emprego e aumentar a riqueza, a floresta tem dado uma
resposta «muito importante», acrescentando que, «por cada euro que
exportamos, 90 cêntimos são riqueza criada em Portugal».
Rui Barreiro reconheceu, no entanto, que ainda há trabalho a fazer e
defendeu que Portugal pode ter «mais e melhor floresta», chamando a
atenção para os meios financeiros nacionais e comunitários que ainda
existem e que, segundo o próprio, o país «não pode desperdiçar».
«Temos cerca de dois milhões de hectares em Portugal que estão
abandonados ou semi-abandonados e que podem representar uma riqueza se
começarem a produzir não só na área florestal mas também na área
agrícola», sublinhou.
Rui Barreiro adiantou ainda que o programa nacional para a valorização
de territórios comunitários, vulgarmente conhecido por baldios,
terminou o seu trabalho, mas adiantou que não será possível avançar
com as alterações legislativas que o Governo tinha previsto.
«O nosso objectivo era criar condições para que as empresas e as
autarquias se pudessem envolver mais na gestão das áreas comunitárias,
de forma a criar mais riqueza, mas na situação em que nos encontramos
não será possível realizar essas alterações legislativas», explicou.
De igual modo, Rui Barreiro disse que se encontram «temporariamente
suspensos» os processos de alteração aos decretos-de-lei das Zonas de
Intervenção Florestal e dos sapadores florestais e também ao código
florestal.
«Os dossiers estão praticamente fechados, mas não serão aprovados nem
remetidos à Assembleia da República, porque não há condições de o
podermos fazer», adiantou.
O governante falava durante a inauguração da 7.ª edição da
Expoflorestal, a maior feira florestal do país, que decorre até
domingo na Zona Industrial de Albergaria-a-Velha.
SOL/Lusa
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=16281
Sem comentários:
Enviar um comentário