domingo, 27 de abril de 2014

Mercado de flores da Madeira vale seis milhões de euros

Actualizado há 8 horas e 57 minutos

 
O mercado de flores da Madeira movimenta todos os anos seis milhões de euros, de acordo com os dados fornecidos à Lusa pela Direção Regional de Agricultura (DRA), que regista uma redução das exportações.

"Estes valores variam anualmente, já que dependem de variados fatores como as cotações alcançadas nos mercados pelas produções, e os fatores climáticos adversos e suas consequências. Há a registar várias intempéries que afetaram de forma muito significativa o setor, como temporais, incêndios e ventos fortes", referiu à Lusa o Diretor Regional de Agricultura, Bernardo Araújo.

A floricultura de estufa ao ar livre é aquela que representa mais para este setor, ainda que se note "um aumento das estufas" devido ao facto de as explorações terem apostado "mais no fator tecnológico".

A tradicional Festa da Flor constitui também um importante marco turístico na Madeira e, por essa via, do mercado de flores.

Os dados da DRA indicam que "a esmagadora maioria das flores de corte exportada é constituída pelo cymbidium (orquídea) e pelas próteas e, mais recentemente, pelas helicónias", mas as exigências desta altura do ano dizem também que há um esforço de substituição da redução das importações por produção local.

Isso reflete-se nos dados, já que, "de 2011 para 2012, o valor das importações terá decrescido cerca de 150 mil euros, passando de 765 mil para 614 mil", refere.

O mercado interno de flores continua muito centrado nas culturas tradicionais: crisântemos, gerberas, rosas e cravos.

A maioria da produção está no concelho de Santa Cruz, a sul da ilha, com 52% da área total de plantação e 43% das explorações, seguindo-se depois o Funchal.

Destas plantas, há um aumento significativo de folhagens, um complemento às flores de corte.

Bernardo Araújo explica que "o interesse por este produto era praticamente inexistente em 2002, reduzido na maioria dos casos a áreas marginais quase de produção espontânea".

Em 2012, já se registam áreas específicas para este tipo de produção, "representativas de uma aposta concreta dos agricultores neste sentido, que acompanham as tendências do mercado".

A produção geral esperada pela DRA situa-se nas 601.926 hastes, com relevo para o feto.

A Festa da Flor decorre de 1 a 7 de maio e, numa ocasião em que a ocupação hoteleira deverá rondar os 90%, Bernardo Araújo espera que os turistas possam continuar com o costume de comprar plantas durante o evento.

"É possível constatar que, embora a grande maioria das explorações comercialize a sua produção de flores de corte através da venda direta ao consumidor e às floristas, obedecendo a uma certa tradição, aparece já com maior importância a produção vendida para o mercado grossista (52%), o qual, quebrando um circuito económico do sector menos eficiente, tem vindo a assumir um protagonismo interessante nos últimos anos", explicou.

Os últimos dados da DRA - ainda relativos ao ano de 2012 - indicam que existem 135 explorações de flores, ocupando já uma área de 45 hectares.

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