A manipulação genética de plantas é uma tecnologia segura e a maioria dos receios em relação aos transgénicos é infundada e sem sustentação científica.
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Quem o afirma é o investigador da Universidade de Coimbra Em "Biotecnologia Vegetal -- da Clonagem de Plantas à Transformação Genética", o autor, docente na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), procura explicar como é feita a clonagem de plantas e o uso dos transgénicos. "Os receios são, na maioria dos casos, infundados, sem sustentação de natureza científica. A manipulação genética de plantas é uma tecnologia atual que permite a obtenção de uma grande diversidade de características, que vão desde a possibilidade de resistência a insetos ou herbicidas até à produção de compostos químicos de interesse industrial", sustenta Jorge Canhoto, citado numa nota de imprensa da FCTUC. Em declarações à agência Lusa, justificou os receios veiculados por ser uma tecnologia ainda nova, com origem nos anos 80 do século passado, e ainda pouco difundida na Europa. Referiu que a agricultura a partir de plantas geneticamente manipuladas já é feita em larga escala em países como os EUA, Brasil e Canadá, e "tanto quanto se sabe são tão seguras como as outras" e "não são conhecidos problemas para a saúde pública nem ambientais". Em dez capítulos, a obra publicada pela Imprensa da Universidade de Coimbra explica as técnicas de clonagem de plantas, no sentido de melhorar as suas características, tendo em conta a finalidade, seja para a alimentação ou para a obtenção de novos compostos químicos para a indústria farmacêutica. Alude ainda às linhas de investigação no domínio da biotecnologia vegetal, entre as quais o desenvolvimento de embriões sem intervenção da reprodução sexuada, uma tecnologia já utilizada para a clonagem de muitas espécies de interesse comercial, como acontece nos Estados Unidos, Canadá e Coreia do Sul com algumas espécies florestais, lê-se na mesma nota de imprensa. Estes embriões -- acrescenta - podem também ser usados na produção das chamadas "sementes artificiais", uma tecnologia promissora que, embora ainda não seja uma realidade na agricultura, dentro de alguns anos poderá vir a ser utilizada para a propagação de algumas espécies que em condições naturais não produzem semente, como acontece com alguns híbridos. No livro é ainda abordada a formação de plantas com origem nos grãos de pólen, o equivalente à obtenção de animais com origem apenas em espermatozóides. Estas plantas, denominadas haplóides, são de grande interesse na agricultura e têm servido de base a programas de melhoramento com vista à obtenção de variedades de plantas mais produtivas, realça a FCTUC. Jorge Canhoto disse à agência Lusa que o primeiro objetivo da obra foi disponibilizar aos alunos que estudam a biotecnologia um manual, que ainda não estava disponível. http://aeiou.expresso.pt/agricultura-manipulacao-de-alimentos-e-tecnologia-segura=f615575 |
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