investimento em olival e aumento da produção de azeite
11 Novembro 2010
Por:Alexandre M. Silva
Correio da Manhã – Quais são as expectativas dos olivicultores para a
próxima campanha?
António Serrano – São muito boas. Na campanha de 2010/2011 devemos
atingir 70 mil toneladas de azeite. Mas, em 2012, a produção já será
auto-suficiente, com uma produção de 75 mil toneladas.
– Mas, devido ao volume de exportações, a produção é ainda
insuficiente para as necessidades de consumo.
– Portugal será sempre consumidor de azeite importado porque, da nossa
produção, cerca de 30 mil toneladas são destinadas à exportação. Mas a
tendência será para diminuir a dependência das importações.
– Quando será possível atingir esse objectivo?
– Estão reunidas as condições para que em 2016 possamos atingir as 100
mil toneladas de azeite, o que permitirá reduzir as importações. Em
2020 ultrapassaremos mesmo esse marco, com uma produção de 120 mil
toneladas. Isto é possível devido ao investimento dos agricultores.
Não podemos esquecer que nos anos 50 foi atingido o máximo de produção
de 100 mil toneladas e há bem pouco tempo, em 2006, foi atingido o
mínimo de 30 mil toneladas.
– Que investimento foi canalizado para o sector?
– Foram investidos desde 2007 mais de 486 milhões de euros na
plantação de novos olivais em 30 mil hectares, na renovação de outros
36 mil, mas também na área da transformação e comercialização.
– Qual foi a região mais beneficiada?
– Foi o Alentejo, com metade desse investimento.
– Portugal poderá assumir-se a breve prazo como líder mundial no
sector do azeite?
– É difícil, mas o sector, com este forte investimento em olivais,
lagares e na inovação, estará em condições muito competitivas à escala
global nos próximos 10 anos.
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