Um projecto amigo do ambiente, auto-sustentável e de grande dimensão
agrícola foi a aposta de um empresário ligado ao sector têxtil, na
área da olivicultura, para o tornar no maior investimento do género na
região transmontana.
O empreendimento agrícola é considerado pela Associação de
Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) como «o maior na
área da olivicultura em toda a região transmontana» onde foram
investidos cerca de três milhões de euros numa área de mais de 300
hectares de terra arável destinada ao cultivo de olival.
Até à primavera de 2011, vão ser plantados 220 hectares de olival na
Quinta do Prado, situada em pleno coração do Vale da Vilariça, numa
área de terreno que antes de desbravado que dava lugar a milhares de
eucaliptos, os quais foram arrancados para proceder ao plantio de
oliveiras.
Em declarações à agência Lusa, o responsável pelo investimento,
Joaquim Moreira, disse que o projecto agrícola tem como objectivo
implantar um sistema de produção em modo biológico capaz de produzir
um azeite de «excelência».
De momento, a produção não ultrapassa os cinco mil litros de azeite,
no entanto o produto está disponível em todo país em embalagens
'gourmet' colocadas em lojas de referência no mercado dos produtos
biológicos de forma «adaptar» o produto a um mercado «cada vez mais
exigente».
O empresário explicou que «no decurso de todo trabalho de
transformação da terra e produção do azeite tentamos introduzir as
boas práticas agrícolas para a obtenção de uma produto final que reúna
créditos dentro do mercado de produtos biológicos, ao mesmo tempo
queremos reunir condições para a pratica do agro-turismo».
O plantio está a ser feito em sistema intensivo de forma para assim
tornar o investimento «rentável» a médio prazo.
«Este tipo de investimento é avultado, em tempo de crise é preciso ter
alguma paciência, o retorno financeiro não é imediato», considerou.
Porém, o empresário originário do grande Porto e sem ligações
afectivas ou familiares a região transmontana, garantiu à agência
Lusa, que a escolha do Vale da Vilariça surgiu porque é uma região
«onde se produz um dos melhores azeites do mundo».
Joaquim Moreira, sempre adiantou que, «em tempo de crise» a aposta no
mercado alimentar «é sempre ganha».
Os investimentos em toda área arável destinada à produção de azeite
vão continuar, mesmo esperanto por fundos do PRODER que «tardam em
chegar» e aos quais o projecto foi candidatado.
O próximo passo, garantiu o investidor, passará pela construção de
raiz de um lagar que obedeça as mais exigentes normas em vigor na
União Europeia, com vista a produção de azeite biológico.
«De seguida entrar uma nova fase do projecto, passa pela criação de um
sistema de fornecimento de electricidade, assente nas energias
renováveis como o sol e o vento», adiantou Joaquim Moreira.
O azeite extra virgem 'Acushla' apesar da pequena produção, já
conquistou vários prémios internacionais, sendo o último, uma medalha
de ouro, num concurso de azeites de decorreu em Israel.
Lusa / SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=4285
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