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Cavaco Silva remeteu para segundo plano a actualidade política e
centrou discurso na promoção de emprego
No discurso oficial das cerimónias do 10 de Junho, o presidente da
República apontou baterias ao emprego. Cavaco Silva entende que a
recuperação económica do país e o combate aos níveis de desemprego
residem na reabilitação do património, no turismo e na agricultura. Os
recados políticos ficaram guardados para o fim.
Num apontamento final das intervenção oficial do Dia de Portugal, o
Presidente da República respondeu aos que publicamente o acusam de ser
o pilar de sustentação do governo: "Se há quem pretenda alimentar o
pessimismo e contribuir para o desânimo dos portugueses, sentimentos
que a nada nos conduzem, para isso não contarão comigo". "Tudo farei
para actuar de forma construtiva, incutindo ânimo nos meus
concidadãos", disse Cavaco Silva.
Falando no Centro de Negócios de Elvas, cidade que este ano acolhe as
cerimónias do Dia de Portugal e que "define o nosso perfil colectivo",
Cavaco Silva referia-se às fortificações centenárias de Elvas para
destacar a importância de ser criada uma "agenda de desenvolvimento e
de criação de emprego [que] confira especial atenção à salvaguarda e
valorização do nosso património". Essa "aposta de futuro" será, diz o
Presidente da República, geradora de emprego e mobilizará a actividade
económica.
Cavaco chamou também a atenção para "importância estratégica" da
agricultura. "Há quem sustente que a adesão de Portugal às Comunidades
[europeias] implicou a destruição do mundo rural e a perda
irreversível da nossa capacidade produtiva no sector primário. Este
retrato é completamente desfasado da realidade", disse o chefe de
Estado, arrancando um aplauso à plateia. A aposta neste sector, quando
se assiste a uma "reconversão profunda do mundo rural", terá impacto
em outros sectores da actividade económica: "não se pode esquecer o
papel da agricultura na mobilixação de actividades como o turismo, o
artesanato, a produção industrial ou o comércio".
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/presidente-da-republica-agricultura-patrimonio-sao-aposta-futuro
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