O projecto VERTIGEN, no qual participaram investigadores da Universidade de Córdoba (Espanha) e da Universidade de Cornell (Estados Unidos da América) focou-se na biologia reprodutiva do fungo Verticillium dahliae, causador da doença verticilose da oliveira.
Durante anos, considerou-se que o fungo Verticillium dahliae era concebido de forma estritamente assexual, tendo como consequência a escassa variabilidade e alta estabilidade nas suas populações. No entanto, o estudo revelou, através de várias amostras recolhidas em diversas zonas geográficas do mundo, que existe muita mais diversidade genética e patogénica do que a que seria de esperar através de uma reprodução assexuada, incluindo uma estirpe desfolhante altamente virulenta na oliveira e no algodão.
Foram determinados genótipos, por sequenciação e identificação, de milhares de polimorfismos em apenas um nucleótido em mais de 300 exemplares de fungos obtidos do algodão, oliveira e outras culturas, em Espanha, Grécia, Israel, Itália, Turquia e Estados Unidos.
Da análise comparativa dos dados os investigadores concluíram que na população de Verticillium dahliae estudada existe uma frequência de recombinação imprópria de uma estratégia reprodutiva estritamente assexual que sugerem uma reprodução sexual críptica que terá ocorrido no passado ou até ter lugar na atualidade.
A verticilose é uma doença muito preocupante do sector oleícola por originar perdas na colheita e a mortalidade dos olivais. A ineficácia dos tratamentos fitossanitários preventivos ou em pós-infeção levou à utilização de variedades resistentes ao fungo.
Fonte: Olimerca
Foto: CeiA3
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