terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Anpromis: "Em Portugal sem regadio não teremos agricultura competitiva"



























Cerca de 550 profissionais reunidos em Beja



“Em Portugal sem regadio não teremos agricultura competitiva”


Com uma ocupação da actual área de regadio na ordem dos 18%, o milho apresenta-se como a segunda maior cultura na região no Alqueva, tendo apresentado um crescimento de 6% nos últimos dois anos. Trata-se de uma cultura que tem vindo a conquistar o reconhecimento dos mais variados promotores da política agrícola nacional. Em defesa do regadio esteve no 7º Coloquio Do Milho, Francisco Gomes da Silva, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural que refere que “em Portugal sem regadio não teremos agricultura” e que “o milho é sem dúvida a cultura que em Portugal foi a responsável pela expansão e pela tradução do regadio tal como o conhecemos hoje”.


Em 2013, a área cultivada com milho grão em Portugal aumentou 7%, cerca de 7.000 hectares, passando de 94.784 hectares em 2012 para 101.766. Segundo Luis Vasconcellos e Souza, Presidente da Anpromis “os números apresentados revelam não só a evidência do aumento da área cultivada, como também o significativo esforço de investimento efectuado pelos produtores nacionais que já demonstraram ser competentes e eficientes e saber fazer bem feito uma coisa que tem futuro. No entanto, e apesar do milho ter sido uma das culturas agrícolas que tem resistido ao desinvestimento, é importante não esquecer que os produtores de milho continuam a precisar de estímulos”.

Em defesa do regadio esteve Francisco Gomes da Silva, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural que não querendo “minimizar a agricultura que não é de regadio” defende que “em Portugal sem regadio não teremos agricultura.”

Reconhecendo a importância das culturas de regadio para o desenvolvimento agrícola, o milho é destacado como uma cultura inovadora e competitiva: “É sem dúvida a cultura que em Portugal foi a responsável pela expansão e pela tradução do regadio tal como o conhecemos hoje” acrescenta.

Além do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural esteve também presente, João Machado, Presidente da CAP que se mostrou optimista com o futuro da agricultura referindo estar muito satisfeitos por não estar previsto um quadro comunitário com três anos de interregno até se voltar a investir. “Vamos ter um quadro comunitário que tem 7 anos e que permite que em 2014, quando acabar o dinheiro do PRODER, vai haver dinheiro do novo quadro e os agricultores não vão sentir a diferença”, refere João Machado.

“Os novos mercados mundiais de milho” foi um dos temas em debate trazendo para o centro da discussão uma das commodities que mais interesse têm despertado por parte de investidores de todo o mundo. Dado o interesse do tema, não só para produtores nacionais como também para os industriais, o debate contou com a participação de Lucílio Rogério Alves, um do mais conceituados analistas do mercado de cereais no Brasil, que recordamos é o terceiro maior produtor mundial de milho e Jean-Jacques Hervé, especialista no mercado de cereais da Ucrânia, país considerado por muitos como “O novo celeiro da Europa”.

Este encontro que este ano levou a Beja cerca de 550 participantes, revela o posicionamento da Anpromis, que entende ser importante estar próxima de todos os produtores e apoiar o desenvolvimento agrícola das regiões de elevado potencial, como é exemplo a região de Beja onde o aumento da área de milho ganhou uma importância preponderante com novos investimentos que foram explicados por Gabriela Ventura, gestora do PRODER: “O investimento no Alqueva representa quase 40% do investimento na região do Alentejo, que é a que mais pesa em termos financeiros no investimento aprovado pelo PRODER: são 860 milhões de euros, dos quais 340 milhões de euros são investimento público _ nomeadamente nas infraestruras de Alqueva _ e mais de 520 milhões de euros representam o investimento privado, representando a resposta dos investidores”. 





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