20 Fevereiro 2014, 12:07 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt
Três em cada quatro especialistas internacionais do sector rejeitam a ideia de que a crise esteja a afectar negativamente a imagem do país enquanto destino turístico.
O vinho (31%) é o produto mais associado à actividade turística em Portugal, superando pela primeira vez a clássica imagem de destino de “sol e mar” (17%), mostra um inquérito realizado junto de uma centena de membros da Organização Mundial do Turismo, divulgado esta quinta-feira em Vila Nova de Gaia. Seguem-se nesta lista a História (16%), o Golfe (14%) e a Gastronomia (14%).
Questionados sobre qual devia ser o produto ou ideia-chave para comunicar internacionalmente Portugal como destino turístico, este grupo de especialistas internacionais, provenientes de mais de 30 países e inquiridos entre Dezembro e Janeiro, voltou a apontar o vinho em primeiro lugar (35%). Só depois indicaram o “sol e mar” (20%), sendo que 15% aconselharam o país a apresentar-se ao mundo como um “destino seguro”.
O estudo “The Image of Portuguese Tourism”, realizado pelo IPDT – Instituto de Turismo, mostra ainda que, à medida que os anos passam, o contexto de crise ameaça cada vez menos a imagem externa de Portugal. Em 2013, “apenas” 25% dos inquiridos referiram que o ambiente macroeconómico afecta negativamente a imagem do país como destino turístico, o que compara com a percentagem de 45% obtida no ano anterior.
Numa escala de 0 a 10 (muito pobre a muito atractivo), 78% dos especialistas atribuiu uma classificação igual ou superior a 8 ao destino Portugal. A mesma classificação é atribuída por 88% dos membros do painel quando questionados sobre a sua experiência em terras lusas.
As conclusões deste estudo estão a ser apresentadas no Fórum Internacional de Turismo (FIT’14), em Vila Nova de Gaia, onde vai intervir o grego Manolis Psarros, consultor estratégico do sector que colabora com as autoridades de Atenas. Em entrevista ao Negócios, o director-geral da “abouTurism” referiu que “Portugal posicionou-se melhor do que a Grécia no turismo de luxo”.
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