quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Bolsa de terras de Sever entra na segunda fase, à procura da adesão de privados


Lusa
18 Fev, 2014, 18:28

A Câmara de Sever do Vouga celebrou hoje um protocolo com 16 entidades, entre juntas de freguesia, comissões de baldios e associações, para alargar a "Bolsa de Terras" do Concelho.
O objetivo é arrancar com a segunda fase do projeto, lançado há cerca de um ano, e que atribuiu 30 hectares incultos a 22 agricultores para primeira instalação, dos quais 11 licenciados, para alargar a produção de mirtilo no concelho e fixar jovens.

O protocolo hoje celebrado entre a Câmara, a Associação dos Pequenos Frutos (AGIM) e a totalidade das juntas de freguesia do Concelho, além de comissões diretivas dos baldios, é procurar mais terrenos disponíveis para satisfazer a procura de terra para cultivar, por parte dos jovens, que excedeu a oferta inicial.

Segundo o presidente da Câmara de Sever do Vouga, António Coutinho, a bolsa de terras de Sever do Vouga "já vai à frente" da iniciativa do Ministério da Agricultura, dado que, no espaço de um ano, avança agora para o segundo concurso de atribuição de parcelas.

"Esta segunda fase vai também ser um êxito, como se vê pela forma como todos aderiram e contamos com o vosso conhecimento para saber quem tem terrenos disponíveis para colocar na bolsa", disse António Coutinho, na assinatura do protocolo.

Os autarcas de freguesia podem ter um papel decisivo para levar os particulares a colocarem também os seus terrenos em bolsa, como explicou José Martino, da empresa "Espaço Visual" que presta consultorias agrícola ao projeto.

"Existem terras abandonadas e procura de terras, mas nem sempre é fácil explicar aos proprietários que não vão perder as suas terras por as colocarem na bolsa e as juntas de freguesia são interlocutores privilegiados para o explicar", referiu.

Conforme explicou, "o grande objetivo é trazer também os privados para o processo, levando-os a colocar os seus terrenos ao serviço da economia".

A segunda fase da bolsa de terras, ao contrário da primeira, será aberta a qualquer tipo de produção e não apenas para cultivo de mirtilo, desde que destinada a comercialização e adequada às características do local.

A bolsa de terras de Sever do Vouga foi lançada pela Câmara em abril de 2013, em parceria com a AGIM, aproveitando terrenos disponíveis da Fundação Bernardo Barbosa de Quadros e de uma quinta, tendo as licitações rapidamente esgotado as parcelas.

O objetivo explícito foi incentivar a cultura do mirtilo, numa aposta de especialização e a procura excedeu as expectativas, sobretudo por jovens, sem saídas profissionais, atraídos pela perspetiva de candidatura a incentivos comunitários e garantia de escoamento da produção.

Sem comentários:

Enviar um comentário