03-05-2014 às 19:491
BE acusa Governo de «desfaçatez» por declarações de Portas sobre Alqueva
A coordenadora do BE acusou hoje o Governo de «desfaçatez» por o vice-primeiro-ministro ter considerado o Alqueva «a AutoEuropa da agricultura», já que foi o executivo PSD-CDS-PP que «paralisou» o projeto, que devia ter sido concluído em 2013.
"Confesso que foi sem surpresa que vi Paulo Portas hoje dizer que o Alqueva é a Autoeuropa da agricultura, quando este Governo paralisou a rede secundária do Alqueva, que era para ter ficado pronta até ao final de 2013 e nada", disse Catarina Martins.
"A desfaçatez, como sabem, não tem faltado a este Governo", afirmou a líder do BE, que falava aos jornalistas, em Beja, durante uma visita à maior feira agropecuária do sul do país, a Ovibeja, a decorrer até domingo.
Também em declarações aos jornalistas, durante uma visita hoje à Ovibeja, o líder do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, classificou o Alqueva como "a Autoeuropa da agricultura", que pode transformar a região de "forma extraordinária", referindo que um em cada quatro investidores estrangeiros que procuram Portugal vai para a zona.
A conclusão do projeto Alqueva, inicialmente prevista para 2025, foi revista pelo anterior Governo PS para 2015 e, depois, antecipada para 2013.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu, entretanto, o compromisso do atual Governo concluir as obras do projeto Alqueva em 2015.
Segundo Catarina Martins, "percebe-se hoje na sociedade portuguesa a importância da agricultura", o que é "extraordinariamente importante", porque é "um recurso importante" para Portugal, mas "precisamos de o fazer com seriedade".
"A agricultura precisa de um Governo que seja capaz de por a grande distribuição no seu lugar, para não esmagar os produtores, precisa de um Governo que ponha o sistema financeiro no seu lugar, para que os agricultores possam ter acesso aos financiamentos e aos seguros de que necessitam", defendeu.
De acordo com Catarina Martins, é preciso "apoiar a agricultura a sério, de apoiar quem trabalha a sério e de ter uma política que realmente possa significar mais produção para Portugal".
Diário Digital/Lusa
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