O grupo de trabalho da Assembleia da República sobre incêndios florestais recomendou "mais qualificação", no dispositivo de combate, e defendeu "maior coordenação" de comando, "em função do risco".
O deputado do PS Miguel Freitas, relator do Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, vincou a necessidade de "uma maior racionalidade do sistema e maior estabilidade e qualificação no dispositivo de combate".
O socialista salientou que o grupo de trabalho, que reuniu os contributos de deputados de todos os partidos com assento parlamentar, defendeu ainda que se "deve concentrar numa única autoridade" a prevenção e o combate aos incêndios florestais, que, no ano passado, provocaram dez mortos, entre os quais oito bombeiros.
Miguel Freitas frisou ainda que os deputados recomendam também "uma maior racionalidade" no combate aos incêndios florestais, apontando que é preciso "mais estabilidade, desde logo, e assegurar uma estrutura orgânica".
No debate do plenário da Assembleia da República, o deputado salientou que o grupo de trabalho sugere que se devam evitar "as rotações da direcção e do comando" da Autoridade Nacional de Protecção Civil, de forma a "garantir estabilidade" e "criar um sistema que permita maior resposta".
"Para que o dispositivo de combate aos incêndios florestais tenha mais estabilidade, é necessária a componente profissional", disse.
O grupo de trabalho propôs igualmente a criação de "uma carreira de gestor de emergência" e sublinhou a importância da "prevenção" e dos meios aéreos, além de recomendar que é preciso "uma autoridade única", que congregue a prevenção e o combate aos incêndios florestais.
O Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, subscrito por todos os partidos com assento parlamentar, será submetido a votação hoje como projecto de resolução da Assembleia da República.
Fonte: Lusa
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