Potencial de crescimento da empresa de vinhos da Delta Cafés no exterior obriga a reforçar a produção de 500 mil para um milhão de litros.
A Adega Mayor, que detém as marcas de vinhos do grupo Delta Cafés, já colocou no plano estratégico o reforço da produção para responder à procura no mercado externo. Em entrevista ao Diário Económico, a administradora da Adega Mayor, Rita Nabeiro, revela que "o mercado está a absorver toda a nossa produção, o que nos leva a pensar na ampliação da capacidade a curto/médio prazo". Rita Nabeiro confirma que este objectivo já está nos planos da empresa, que conta com marcas como Caiado, Monte Mayor ou o Pai Chão, sendo que "em 2015 faria sentido ter esse reforço de produção" no terreno.
A gestora sublinhou que, nesta fase, a produção da Adega Mayor oscila entre os 600 mil e os 700 mil litros, pelo que "ter em 2015 mais 500 mil litros já será suficiente para dar resposta aos mercados onde gostaríamos de estar presentes para entrar com alguma força". Rita Nabeiro acrescentou que, depois deste primeiro reforço, "daí a mais quatro a cinco anos, poderá ter a capacidade e espaço para evoluir para um milhão de litros".
A administradora da empresa de vinhos de Campo Maior salienta que, neste momento, "o objectivo é consolidar as vendas quer no mercado nacional - abrindo alguns e alargando alguma distribuição - assim como no mercado externo. Ou seja, não vale a pena abrir muitos mais mercados enquanto não consolidarmos os países onde já estamos". Nesta fase, a Adega Mayor já exporta, com peso significativo, para cerca de dez países: França, Luxemburgo, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Estados Unidos e Canadá, Angola - o principal mercado externo para a produtora -, Moçambique e Cabo Verde. A China também já faz parte da expansão da Adega Mayor. Rita Nabeiro sublinhou ainda que "o Brasil é um objectivo para o qual queremos ter capacidade de resposta", e que justifica a estratégia de reforço da produção.
Com sete anos no mercado, a gestora garante que a Adega Mayor "está num momento positivo" e está a conseguir contornar a quebra que se assiste no canal horeca (hotéis, restaurantes e cafés), no qual realiza mais de 80% das vendas. A empresa fechou 2013 "com um crescimento na ordem dos 26%, para cerca de 2,8 milhões de euros, o que, com o mercado em contracção é bastante positivo", refere a mesma fonte. O mercado externo foi responsável por 35% das vendas, com Angola a ser responsável por metade deste peso.
Para 2014, com base na actual produção, "prevemos um crescimento na ordem dos 20%, o que dará no consolidado do mercado nacional e exportação, cerca de quatro milhões de euros de vendas", afirma Rita Nabeiro.
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