segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quinta agrícola recebe prémio de empreendedorismo

por Cláudia Reis, Publicado em 31 de Janeiro de 2011 | Actualizado há 6 horas
Quinta cultivada por pessoas com deficiência distinguida pelo
Instituto de Empreendedorismo

A Oficina Agrícola do Centro de Apoio a Deficientes do Alto Tâmega
(CADAT), que surgiu em Boticas em 2004, foi ontem "reconhecida pelo
Instituto de Empreendedorismo Social como Iniciativa de Elevado
Impacto Social", disse à Lusa Pedro Vaz, director técnico do Centro.
Apoiado pela Santa Casa da Misericórdia, este programa terminou em
2008, mas estendeu a sua continuidade como "uma mais-valia em termos
de auto-estima e integração ocupacional dos utentes", como sublinhou o
responsável.

"Quando iniciámos esta oficina tínhamos utentes que pouco falavam e
interagiam. Hoje interagem de forma mais dinâmica e ficam contentes
com os frutos do seu trabalho", sublinhou o director. No ano passado,
os utentes do Centro de Apoio a Deficientes do Alto Tâmega colheram
mais de dois mil quilos de batatas e mais de mil tomates.
O prémio é um "reconhecimento do trabalho destes utentes e da equipa
que os acompanha. Para nós foi muito bom", afirmou ainda Pedro Vaz.
Para o director, o objectivo do CADAT é continuar a trabalhar porque
"ocupar e motivar utentes com deficiência não é fácil. É preciso muito
trabalho de equipa." Segundo Dulce Fernandes, engenheira agrícola e
responsável pela oficina, a integração dos utentes é, de facto, uma
das maiores dificuldades com que a equipa tem de lidar, pelo que o
trabalho deve ser contínuo.
Para mais tarde, permanece o desejo do CADAT de ter uma quinta
biológica com animais de pequeno porte, como galinhas, coelhos e patos
- ou seja, "animais com que os utentes estão familiarizados porque são
provenientes de famílias que se dedicam à agricultura", concluiu Pedro
Vaz.
Cláudia Reis, com Lusa
http://www.ionline.pt/conteudo/101617-quinta-agricola-recebe-premio-empreendedorismo

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