terça-feira, 8 de março de 2011

Ministro da Agricultura visitou a margem sul do Mondego

Portugal só aproveita 40 por cento da exploração que faz nas áreas de regadio
07.03.2011 - 19:02 Por Lusa
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Portugal só aproveita 40 por cento da exploração que faz nas áreas de
regadio, disse hoje, durante uma visita aos campos da margem sul do
Mondego, o ministro da Agricultura, António Serrano.
Os esforços de produção de arroz devem ser concentrados no Mondego
(Pedro Cunha (arquivo))
"Temos um nível de aproveitamento dos nossos regadios baixo, na ordem
dos 40 por cento", afirmou o ministro da Agricultura, do
Desenvolvimento Rural e das Pescas, António Serrano.

"Temos de concluir os regadios que têm condições para aumentar a taxa
de aproveitamento" e onde "há agricultores que querem produzir e dar
prioridade" a essas áreas, sustentou o governante, que falava durante
a visita que, na manhã de hoje, fez a campos dos vales dos rios Pranto
e Arunca, na margem sul do Mondego e integrados no projecto
hidroagrícola deste rio.
O vale do Mondego, a Cova da Beira e o Alqueva são "três exemplos [de
terrenos de regadio] onde temos de concentrar energias, porque são
zonas onde podemos produzir mais e melhor", afirmou António Serrano.
O Mondego é, de resto, segundo o governante, uma das áreas onde se
justifica essa concentração de esforços, pois, defendeu, "temos
produção de arroz", sobretudo "arroz carolino, de elevada qualidade,
agricultores que querem produzir e projectos em condições" para serem
concretizados e/ou concluídos.
Reconhecendo que o projecto hidroagrícola do Mondego, que tem mais de
três décadas, se arrasta no tempo, o ministro da Agricultura lembrou
que, no entanto, os empreendimentos de regadio exigem "muitos recursos
financeiros" e que não basta haver "organização – embora esta seja
"fundamental" – e vontade política.
"É preciso encontrar meios financeiros", sublinhou. "Sabemos que [os
regadios] são fundamentais para o desenvolvimento agrícola, mas não
basta fazê-los", é também necessário que existam agricultores para
deles tirarem partido, advertiu.
O ministro António Serrano visitou hoje, na companhia do secretário de
Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Rui Barreiro, campos
da margem sul do Mondego, integrados no empreendimento hidroagrícola
deste rio, a convite da Associação Portuguesa de Orizicultores (APOR),
onde faltam as obras hidroagrícolas e o emparcelamento.
Os vales dos rios Pranto e Arunca, na margem sul do Mondego, não podem
continuar nesta situação, "sem obras hidroagrícolas" e "sem
reestruturação fundiária", que "impedem o desenvolvimento agrícola da
região", alertou Isménio Oliveira, dirigente da APOR.
http://economia.publico.pt/Noticia/portugal-so-aproveita-40-por-cento-da-exploracao-que-faz-nas-areas-de-regadio_1483674

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