Commodities
Margarida Vaqueiro Lopes
10/03/11 20:56
O Departamento da Agricultura norte-americano reviu em alta a produção do sumo de laranja o que está a condicionar a negociação.
Os contratos de sumo de laranja para entrega em Maio deslizavam 2,9% para 1,69 dólares a libra, o que significa que esta matéria-prima está a negociar em mínimos de três semanas.
O sumo de laranja está a ser penalizado pela revisão em alta da produção por parte do Departamento da Agricultura norte-americano, que hoje anunciou que espera que a Florida produza 142 milhões de caixas de laranjas na colheita que começou em Outubro, mais 2,9% , ou quatro milhões de caixas, do que o inicialmente previsto.
É que o mau tempo que se fez sentir naquele que é o principal estado produtor de laranjas levou as autoridades a contar com colheitas menos boas que nos anos anteriores.
"Quatro milhões [de caixas] é um aumento significativo", disse à Bloomberg Boyd Cruel, da Vision Financial Markets. "O mercado está a reagir a este anúncio", concluiu.
Antes da sessão de hoje o preço do sumo de laranja soma uma valorização de 18% nos últimos doze meses.
No mesmo sentido, também o preço do cacau está a cair, pelo terceiro dia consecutivo, depois de o presidente Laurent Gbagbo ter ordenado às empresas da Costa do Marfim que começassem a exportar até ao final do mês, sob pena de enfrentarem sanções governamentais.
Gbagbo recusa-se a abandonar a presidência do país depois de ter perdido as eleições para o seu opositor, Alassane Outtara, que é o líder reconhecido pela comunidade internacional.
"Os mercados estavam a precisar de uma correcção", notou à Bloomberg Connor Noonan, da Castlestone Management.
Os contratos de cacau para entrega em Maio escorregavam 2,4% para negociar nos 3,444 dólares a tonelada métrica. No entanto, durante a negociação, o cacau já esteve a negociar nos 3,421 dólares, mínimos de três semanas.
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