terça-feira, 3 de setembro de 2013

Associação considera que Fundo Florestal ainda não contribuiu para sustentabilidade do sector

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2 de Setembro, 2013
A Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente
(ANEFA) defendeu hoje a necessidade de um maior investimento na
floresta, considerando que o fundo criado para investir no sector em
nada contribuiu até agora para a sua sustentabilidade.

Em comunicado, a ANEFA destacou que Portugal é "o único país europeu"
com um Fundo Florestal Permanente (FFP), "gerado através de um imposto
aplicado aos combustíveis e pago por todos os contribuintes", que
"gera anualmente entre 20 a 30 milhões de euros", que "visava relançar
o investimento no sector".

"No entanto, dez anos e cerca de 250 milhões de euros volvidos, o FFP
contribuiu zero por cento para a sustentabilidade da floresta
nacional", realçou a associação.

Segundo a ANEFA, 250 milhões de euros "dariam para arborizar mais de
70 mil hectares ou para limpar cerca de 350 mil, ajudariam na criação
de mais de 17 mil postos de trabalho permanentes e, ao nível de
receitas do Estado, representaria cerca de 62 milhões de euros de
contribuição para a Segurança Social".

"Acima de tudo, estes 250 milhões de euros, que são por direito da
nossa floresta, ao serem investidos em silvicultura preventiva,
evitariam grande parte dos incêndios e a perda de muitas vidas",
considerou.

Por seu turno, a Acréscimo, organização cívica para a promoção do
investimento sustentável e socialmente responsável nos espaços
florestais e silvestres, defendeu que Portugal precisa de outro modelo
de desenvolvimento rural, como forma de combater eficazmente os
incêndios florestais.

Esta associação considerou que, como por detrás "de um conjunto de
árvores está uma família", é preciso que sejam criadas condições para
que as "famílias possam permanecer ou voltar aos seus espaços" e
"cuidem condignamente das suas árvores".

"Se a família não se sustenta no seu espaço, as árvores têm forte
probabilidade de morrer pelo fogo", sublinhou a Acréscimo.

A floresta nacional representa 12% das exportações portuguesas, 3% do
PIB, e emprega 260 mil pessoas.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=83623

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