Abrantes: Congresso Ibérico do Azeite supera expectativas e regressa em 2013

16-03-2011

A organização do I Congresso Mundial do Azeite anunciou ontem que o
evento vai regressar em 2013, devido aos «excelentes resultados»
obtidos, quer ao nível das participações, intervenções, rede de
contactos e negócios que foi possível estabelecer.
Organizado pela Câmara de Abrantes, Direcção Regional de Agricultura
de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT), associações de agricultores,
produtores e diversas entidades ligadas ao sector do azeite em
Portugal, o encontro realizado em Fevereiro incluiu a realização de um
simpósio que juntou durante dois dias 200 profissionais e académicos
luso-espanhóis e um Fórum que foi visitado por cerca de três mil
pessoas.

Na ocasião, foram debatidas questões como os últimos desenvolvimentos
tecnológicos na cultura do olival, a diferenciação do azeite pelas
variedades, novas tecnologias e sistemas de optimização dos processos
de extracção, estudo da cadeia de valor e determinação dos preços, ou
ainda como diferenciar e promover o azeite português nos mercados
internacionais.
O certame inclui ainda o denominado Fórum do Azeite, dirigido ao
público em geral, centrado em iniciativas que abordaram as várias
vertentes de utilização do azeite, desde a gastronomia, passando pela
saúde, cosmética e turismo.
Segundo disse à agência Lusa Maria do Céu Albuquerque, presidente da
autarquia, à margem da apresentação dos resultados do I Congresso
Ibérico do Azeite, o certame «ultrapassou as expectativas, gerou
entusiasmo e vai continuar a realizar-se em Abrantes».
O evento assumirá uma periodicidade bienal, estando a segunda edição
agendada para o primeiro trimestre de 2013. «Foi um certame importante
pelo número de visitantes que teve e pelo volume de negócios que gerou
e queremos que este evento possa marcar a agenda regional e nacional e
que ajude a afirmar a centralidade, o potencial e a tradição», da
região na produção de azeite, afirmou.
Segundo observou ainda aquela responsável, a data agendada para a
realização do II Congresso Ibérico do Azeite «casa com o fecho de um
Quadro Comunitário de Apoio e com a abertura de um novo enquadramento
em termos de fundos comunitários», o que, defendeu, «é a altura ideal
para aquilatar do que de novo existe em termos de novas tecnologias e
aferir do posicionamento dos mercados emergentes, tendo como objectivo
último acrescentar valor à economia nacional».
Maria do Céu Albuquerque sintetizou os objectivos «em linha» da
organização do Congresso Ibérico do Azeite e dos produtores e
olivicultores nacionais, afirmando que o azeite «pode ser tão mais
competitivo quão maior for a sua qualidade».
Para isso, acrescentou, «é preciso produzir mais, produzir melhor,
aumentar as exportações e tentar sensibilizar para um incremento do
consumo interno e da sua produção».
Fonte: Lusa