Ministro da Agricultura mostra-se "tranquilizado"
17.03.2011 - 17:32 Por PÚBLICO
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A Comissão Europeia recomenda que os Estados-membros da União
Europeia controlem os alimentos importados do Japão. O objectivo é
verificar que não têm radioactividade, como explicou o porta-voz
comunitário europeu para a Saúde, Frédéric Vincent. O ministro da
Agricultura português sublinhou já que as importações de produtos
japoneses são "residuais".
Os testes servirão para garantir a inexistência de contaminação
radioactiva nos alimentos (Sergei Karpukhin/Reuters (arquivo))
A comissão aconselhou os países a realizarem provas especiais aos
produtos agro-alimentares que chegaram à UE a partir do dia 15 de
Março, de modo a verificar se estão afectados por contaminação
radioactiva.
No entanto, o ministro da Agricultura português mostrou-se hoje
"tranquilizado". Falando à saída de uma reunião de ministros da
Agricultura em Bruxelas, António Serrano indicou que o risco "é
próximo do zero". Relembrou também que actualmente não estão a ser
feitas colheitas no Japão e na área de maior potencial radioactivo nem
sequer há produtos agrícolas que possam ser exportados.
"Hoje tivemos a apresentação desse assunto feita pelo comissário John
Dali que nos tranquilizou relativamente aos sistemas de controlos. A
UE activou o Sistema de Alerta Rápido, o que significa que se for
detectado algum problema num Estado-membro são todos avisados",
frisou.
De acordo com dados do ministério da Agricultura, as importações de
produtos agrícolas do Japão para Portugal resumem-se a "duas a quatro
remessas" por ano, equivalente a 0,06 por cento do total das
importações.
Os países europeus não são os únicos a anunciar operações de controlo
aos alimentos provenientes do Japão. Medidas semelhantes já foram
lançadas pela Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura, Sri Lanka,
Filipinas e Austrália. Também nos EUA, a Food and Drug Adminstration
realizou alguns testes aos produtos importados do Japão e do sudeste
asiático.
Um dos perigos relacionados com alimentos contaminados vem do elemento
césio-137, produzido pelas reacções de fissão nuclear. Esta componente
acumula-se nos músculos dos animais e nas folhas das plantas, levando
cerca de 30 anos para reduzir a sua quantidade para metade.
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