Sete por cento da população tem sintomas de intolerância ao vinho

Investigadores alemães analisaram mais de 900 questionários
2012-07-05

O vinho tinto é o que provoca mais intolerância
Aproximadamente sete por cento da população adulta sofre de algum tipo
de intolerância ao vinho, principalmente ao tinto. Esta é a conclusão
de um estudo realizado por investigadores Universidade Johannes
Gutenberg, publicado agora na «Deutsches Ärzteblatt International».
Os autores avaliaram 948 questionários que tinham sido dirigidos a
pessoas adultas. Concluíram que as mulheres (8,9 por cento) são mais
dadas à intolerância do que os homens (5,2 por cento). As reacções
mais referidas incluem vermelhão na pele, comichão e sangramento
nasal.

Apesar do consumo moderado de vinho tinto ter efeitos positivos na
saúde, pode provocar, por vezes, reacções alérgicas mais ou menos
graves. "Estudos sobre a frequência da intolerância na população não
tinham sido ainda realizados", dizem os investigadores.
A base desta investigação foi um questionário sobre o consumo de vinho
e a incidência das alergias ou sintomas de alergia depois do consumo.
Assim, em 2010, quatro mil pessoas com idades compreendidas entre os
20 e os 70 anos, foram seleccionadas aleatoriamente entre os 145 mil
habitantes da cidade de Mogúncia, na Alemanha.

Dos quatro mil enviados só 1114 questionários foram devolvidos e,
destes, apenas 948 considerados válidos. O questionário tinha
perguntas sobre o consumo semanal de vinho, cerveja e licor. Tinha
também uma lista de sintomas que poderiam sentir depois do consumo de
vinho tinto, branco e rosé. Foi-lhe também questionada a frequência
com que ocorriam os sintomas
O questionário abordava igualmente a intolerância ao pólen, pó, látex,
medicamentos, marisco, frutos secos, leite, maçãs, cerejas, laranjas,
pêssegos, kiwis, morangos, ameixas, uvas, bananas, cenouras, pimenta,
álcool e cerveja.
Os investigadores perceberam que as pessoas com sintomas de
intolerância ao vinho tinto têm frequentemente outras intolerâncias
alimentares. Estes resultados, afirmam os investigadores, não indicam
necessariamente uma verdadeira alergia, mas antes uma intolerância ao
álcool, aos sulfitos ou a outros ingredientes que compõe o vinho.

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