segunda-feira, 3 de junho de 2013

Agricultores dizem que não têm excedentes

BANCO ALIMENTAR



por Céu NevesHoje6 comentários

Os agricultores dizem que não dão fruta e legumes excedentes ao Banco
Alimentar Contra a Fome porque não têm. Negam qualquer destruição de
produtos e justificam com a baixa de produção, os novos negócios e os
pedidos das instituições locais.

O Banco Alimentar não recebeu este ano fruta e hortícolas dos
produtores e o ano passado já tiveram uma grande quebra, responsável
pela diminuição na totalidades de alimentos angariados, de 30 mil para
28 mil.

E na campanha da primavera, que ocorreu este fim de semana, pela
primeira vez desde 2003 registam quebra das doações. Recolheram 2445
toneladas de alimentos quando em maio de 2012 angariaram 2632.

Isabel Jonet, presidente da organização, disse ao DN que já
contactaram produtores espanhóis para lhes entregarem excedentes de
fruta e de legumes. Estes são doados ao abrigo de um programa
comunitário que compensa quem produz.

Aquele instrumento de apoio também subsidia o transporte e é esse
mecanismo que o BA pensa usar para trazer os produtos de Espanha.

João Machado, presidente da Confederação de Agricultores de Portugal,
justifica ao DN que tem havido menos produção de fruta. Além de que as
peças de menor calibre que não são comerciáveis estão a ser usadas
para a indústria (sumos) e para a alimentação animal. E, também, há
mais instituições locais a pedirem diretamente aos produtores.

"Muitas vezes é mais fácil dar a uma instituição local, até porque, se
calhar, podem ser os próprios voluntários a fazer a apanha, do que a
estar a recolher para doar ao Banco Alimentar", justifica João
Machado. Até porque o subsídio comunitário também foi reduzido para
metade

Isabel Jonet considerou os resultados da campanha do último fim de
semana "impressionantes" devido à atual crise. No entanto, diz estar
preocupada com a quebra nas recolhas, até porque têm cada vez mais
pedidos, o que faz com que cada pessoa recebe menos quantidade. O que
a dirigente considera ser "um problema".

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3254879&page=-1

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