segunda-feira, 21 de março de 2011

Vinhos: é preciso (saber) seduzir

GASTRONOMIA
21 | 03 | 2011 11.24H
Deixar de pensar na venda a nível interno e atacar o mercado global é
a única forma de os vinhos lusos sobreviverem num mercado cada vez
mais competitivo.
Rui Alexandre Coelho | rcoelho@destak.pt
Esta foi uma das mensagens mais ouvidas por especialistas e críticos
em Celorico da Beira, capital do vinho entre 17 e 19 de Março no
âmbito do I Encontro e Prova Internacional de Vinho, onde o Destak
marcou presença. Director e fundador da Revista de Vinhos, Luís Lopes
aconselhou as entidades que gerem o sector a aproveitar acções do
género para promover «os melhores vinhos portugueses, através dos
produtores mais capazes».

No mesmo sentido, o jornalista especializado João Paulo Martins notou
haver um certo «romantismo» nos produtores nacionais no ataque ao
mercado, uma «falta de método» que os prejudica.
Influente crítica de vinhos, a britânica Jancis Robinson apontou um
caminho de saída «do gueto» onde lamenta ver confinada a riqueza única
das castas portuguesas: «Convidem escritores especializados,
mimem-nos, dêem-lhes uma história.»
As novas tecnologias
Outro dos oradores presentes na capital do queijo da serra da Estrela
e fã assumido dos vinhos portugueses, o jornalista Tim Atkin, colocou
o dedo na ferida do parco aproveitamento das novas tecnologias. Para o
britânico, «a maioria dos sites lusos sobre vinhos é pobre».
Ausente por motivos de agenda, o ministro da Agricultura, Alberto
Serrano, frisou, em comunicado, que o sector vitivinícola foi
responsável por 1,6% das exportações nacionais em 2010, mas admitiu
faltar «um longo caminho a percorrer» no aproveitamento do potencial
da uva nacional.
http://www.destak.pt/artigo/90628-vinhos-e-preciso-saber-seduzir

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