terça-feira, 28 de maio de 2013

Aumentam os pedidos de microcrédito para o sector agrícola

Jornalista Teresa Almeida falou com um empresário que recorreu ao microcrédito

Áudio Jornalista Teresa Almeida falou com Associação Microcrédito

É menor o número de pedidos de microcrédito aceite, mas há sectores
por explorar. A Renascença foi ainda conhecer o caso de uma empresa
que conseguiu vingar com a ajuda do microcrédito.
24-05-2013 13:27 por Teresa Almeida


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Aumentam os pedidos de microcrédito

O comércio lidera a tabela, mas os pedidos de microcréditos na área da
agricultura estão a dar o salto.

"Agricultura biológica ou projectos na área de apicultura", refere à
Renascença o gestor operacional da Associação de Microcrédito, Edgar
Sousa.

Dos que se conseguem materializar, 60% mantêm-se depois de quatro anos
no terreno, "o que é um valor bom, quando, ao nível geral, mais de 50%
das empresas fecham ao fim de três anos", indica o responsável.

Em média, são criados 1,5 postos de trabalho no sector agrícola, que
ainda tem muito para crescer em Portugal.

"Podíamos ter mais investimento nesta área, se houvesse conhecimento
de que esta alternativa está disponível", considera Edgar Sousa.


Menos pedidos aceites
2013 está a ser difícil também para o microcrédito. O volume de
processos aceites está a diminuir, apesar de se manter estável o
número de pedidos. As dificuldades económicas afectam quem pede e quem
financia.

"O nível de pedidos continua a manter-se, mas as pessoas chegam-nos
com mais dificuldades, porque os fiadores também estão com
dificuldades", indica o presidente da Associação de Microcrédito.

Todos os meses, dos 200 candidatos ao microcrédito, cerca de 20 têm
aceitação por parte dos bancos. Acontece assim desde Maio de 2012.

É no Norte do país que está a maior parte dos projectos e são as
mulheres, na casa dos 20/30 anos, que mais pedem apoio.

Apesar da tendência, Edgar Sousa acredita que 2014 pode ser um ano de viragem.


"As pessoas precisam começar a preocupar-se com o auto-emprego"
Com um ano de existência, a Accountlife actua na gestão e análise de
mercados e recorreu ao microcrédito. Agora com dois trabalhadores,
esta empresa do Porto está a conseguir fazer face ao mercado.

À Renascença, Admar Lima, formado em Gestão e proprietário do negócio,
refere que o essencial é saber em que área se quer actuar. E deixa um
conselho: "As pessoas precisam começar a preocupar-se com o
auto-emprego".

"Há grandes empresas a despedir e o número de contratados é cada vez
menor, pelo que é uma aposta que tem de se fazer. E hoje, com falta de
dinheiro, tem de se aproveitar estas oportunidades de crédito",
sustenta.

Com possibilidade de recorrer a um empréstimo que pode variar entre os
mil e os 15 mil euros, o empresário reconhece que não é difícil
cumprir com o contrato do microcrédito.

"As condições não são das piores. Ao nível do mercado, as prestações
não estão más", afirma.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=108677

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