Segunda-feira, 17 de Junho de 2013
Tecnologia portuguesa permite, de forma rápida e eficaz, a propagação
e preservação "in vitro" das castas mais relevantes para que estas
estejam protegidas em caso, por exemplo, de secas ou cheias
Chama-se QualityPlant e é um projeto pioneiro no país que pretende
aumentar a produção e melhorar a qualidade do vinho e do azeite
nacionais, tornando-os mais competitivos além-fronteiras, através da
preservação das castas em vias de extinção e das variedades nacionais
relevantes.
A empresa responsável pelo projeto, já premiado como melhor ideia de
negócio e melhor prova de conceito no concurso nacional de
empreendedorismo Arrisca C, é a QualityPlant - Investigação e Produção
em Biotecnologia Vegetal, a mais recente "spin-off" da Universidade de
Coimbra (UC) criada pelas portuguesas Elisa Figueiredo e Mónica
Zuzarte.
De acordo com um comunicado da UC, a tecnologia da QualityPlant aposta
em métodos de cultura in vitro (técnicas de clonagem) para preservação
e propagação de plantas que são muito mais rápidos e eficazes do que
os convencionais.
Elisa Figueiredo e Mónica Zuzarte explicam que a solução permite "não
só garantir a produção de plantas de elevada qualidade fitossanitária
mas, essencialmente, assegurar a redução dos custos de produção para
os viveiristas e agricultores e melhorar a sua produtividade".
A redução dos custos prende-se com o facto de a tecnologia portuguesa
ser eficaz "na eliminação de pragas ou doenças", ao passo que a
valorização "dos produtos nacionais" e o estímulo "da economia com
produtos mais competitivos, também a nível mundial" poderá ser uma
vantagem ao nível da produtividade.
Um banco para conservar "património genético" das plantas
Além da propagação e preservação "in vitro" das plantas, a
QualityPlant ambiciona também apostar na criação de um banco de
germoplasma (Germplasm Bank) com o objetivo de conservar o património
genético das plantas e que funcionará como uma espécie de "seguro de
vida".
Neste banco, os produtores portugueses vão poder "guardar" o
germoplasma das suas variedades mais promissoras, garantindo a sua
preservação e futura utilização em caso, por exemplo, de perdas
naturais (causadas por problemas como cheias, secas ou pragas), e
evitando que a qualidade de produtos como o vinho e o azeite fique
comprometida.
Segundo a Universidade de Coimbra, "a preservação de germoplasma de
variedades nacionais com potencial económico é uma aposta inovadora",
constituindo-se como "a grande mais-valia da recém-criada empresa".
http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_tecnologia-pioneira-quer-melhorar-vinho-e-azeite-luso_16116.html
Sem comentários:
Enviar um comentário