1 de Janeiro, 2011
A floresta portuguesa terá crescido 75 por cento no último século e as
três espécies mais representativas estão «mais ou menos» equilibradas,
disse hoje o secretário de Estado das Florestas, que salientou o
potencial «enorme» de produção do sector florestal.
A propósito do Ano Internacional das Florestas, que se assinala em
2011, Rui Barreiro referiu à agência Lusa que, «no último século,
provavelmente, a floresta cresceu quase 75 por cento» em Portugal.
«Temos as três fileiras mais ou menos equilibradas, o eucalipto, o
montado de sobro e o pinheiro», especificou.
Segundo o 5º. Inventário Florestal Nacional, publicado em Setembro, a
floresta ocupava 3 458 557 hectares e os matos 1 926 630 hectares, o
que corresponde a 39 por cento e 22 por cento do solo nacional,
respectivamente. A agricultura era responsável pela utilização de 33
por cento do território.
O pinheiro bravo é a espécie mais frequente, com 27 por cento, seguida
do sobreiro e do eucalipto, ambos com 23 por cento da área florestal.
Na década entre 1995 e 2005, a área de floresta aumentou três por
cento em Portugal continental face aos 10 anos anteriores, e
contemplou algumas alterações na sua composição.
O pinheiro-manso foi a espécie a apresentar o maior crescimento, com
uma subida de 68 por cento, e ocupava 130 mil hectares, enquanto o
eucalipto aumentava 10 por cento, mas atingia 740 mil hectares,
ficando em segundo lugar na lista da ocupação do solo.
O pinheiro-bravo registou uma quebra de nove por cento face à década
anterior, o que não o impediu de ficar com o primeiro lugar da lista,
com 885 mil hectares. O sobreiro surge em terceiro lugar, mantendo a
área, nos 716 mil hectares.
Aquela não foi a única descida entre as espécies da floresta
portuguesa. O castanheiro deixou de estar tão presente na paisagem
portuguesa (menos 26 por cento) e a azinheira também (menos 11 por
cento).
Portugal tem quase 40 por cento do território português como área
florestal o que, no contexto europeu, é "significativo", salientou o
secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural.
«Temos um potencial enorme para produzir floresta, que actualmente é
responsável por quase 12 por cento das exportações portuguesas e
queremos continuar a produzir riqueza com a floresta portuguesa»,
defendeu Rui Barreiro.
«É possível e desejável para um país como Portugal, que necessita de
utilizar e potenciar todos os seus recursos, que este recurso
florestal seja cada vez mais potenciado e utilizado numa diversidade
que se pretende equilibrada», afirmou.
Lusa / SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=8176
Sem comentários:
Enviar um comentário