A barragem de Alqueva, que atingiu já cerca de 90 por cento da sua
capacidade, começou a fazer descargas controladas para evitar ter de
despejar grandes caudais repentinamente, informou a empresa gestora
desta infra-estrutura.
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Segundo o Instituto da Água (INAG), 33 das 56 albufeiras monitorizadas
por este organismo tinham níveis de armazenamento superiores a 80 por
cento do total, mas o presidente do INAG, Orlando Baptista, afirmou à
Lusa que "não há motivo para preocupações" nem estão previstas
descargas nas grandes barragens, com exceção do Alqueva.
"É uma situação normal. Até há vantagens em estarem francamente cheias
quer a nível do aproveitamento hidro-elétrico, quer para os outros
usos como o abastecimento de água e a agricultura".
Orlando Borges disse que as grandes albufeiras, como Alqueva, Castelo
de Bode, Aguieira e Alto Lindoso começam a despejar água normalmente
quando atingem mais de 90 por cento da sua capacidade de
armazenamento, gestão essa que é feita pelas empresas responsáveis
pelas infra-estruturas para evitar descargas repentinas de grandes
caudais que podem provocar cheias.
"As barragens mais pequenas têm alguma folga para ir descarregando sem
consequências a jusante", acrescentou.
O presidente do INAG adiantou ainda que apesar das previsões de chuva,
e embora as albufeiras estejam na maioria acima do nível médio, não há
situações críticas.
2010 foi o ano mais chuvoso da última década segundo o relatório anual
do clima divulgado pelo Instituto de Meteorologia (IM), com março a
marcar o terceiro valor mais alto de precipitação dos últimos 30 anos.
A barragem de Alqueva está a proceder a descargas controladas pelo
segundo ano consecutivo, despejando água ao ritmo de 700 metros cúbico
por segundo.
Também a barragem de Pedrógão, 23 quilómetros a sul de Alqueva, está a
descarregar caudais com valores equivalentes, uma vez que a sua
albufeira se encontra no nível de pleno armazenamento.
As oito albufeiras da bacia do Guadiana estão todas acima dos 85 por
cento da sua capacidade de armazenamento. Duas delas atingiram a sua
capacidade máxima (Enxoé e Lucefécit), enquanto o Alqueva encheu 91
por cento e Odeleite, 96 por cento
Nove albufeiras do Tejo atingiram já 80 por cento da sua capacidade de
armazenamento e três (Cova do Viriato, Idanha e Magos) chegaram à cota
máxima.
Na bacia do Sado, cinco barragens estão acima de 80 por cento
(incluindo três à cota máxima).
Também as duas albufeiras da bacia do Mira (Corte Brique e Santa
Clara) estão totalmente cheias.
No Mondego, apenas a barragem do Caldeirão chegou aos 100 por cento.
Na bacia do Cávado/Ribeiras Costeiras, duas barragens esão acima de 94
por cento e no Douro três já ultrapassaram a marca dos 80 por cento.
Na bacia das Ribeiras do Algarve, Bravura atingiu os 94 por cento,
enquanto a albufeira de São Domingos, que integra a bacia das Ribeiras
do Oeste chegou aos 86 por cento.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.)
Com Lusa
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/Barragem+de+Alqueva+inicia+descargas+controladas+para+prevenir+cheias.htm?wbc_purpose=baMODEld%25252
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