INCÊNDIOS
por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador10 julho 20131 comentário
A aldeia da Quinta das Quebradas, no concelho trasmontano de
Mogadouro, viveu hoje "um dos maiores incêndios" de que há memória
naquela localidade, que já consumiu centenas de hectares de mato,
disse o Comandante Operacional do Norte, Paulo Tavares.
"Este é o maior incendio registado até ao momento em toda a região
Norte e que mobilizou um dispositivo de combate considerável",
sublinhou o responsável operacional.
Além das centenas de hectares de floresta em torno da aldeia, as
chamas consumiram, pelo menos, um anexo de uma habitação, vários
arrumos agrícolas e mataram muitos animais domésticos, registando-se
ainda danos avultados provocados pelo fogo numa caravana de campismo e
num veículo ligeiro de passageiros, os quais ficaram parcialmente
destruídos pelas chamas.
Para já ainda não há projeções da área ardida, mas os bombeiros falam
em diversas frentes com alguns quilómetros de extensão que consumiram
oliveiras, sobreiros, eucaliptos e mato.
"O combate às chamas teve de ser musculado, já que nossa principal
preocupação eram as pessoas e bens", disse Paulo Tavares à agência
Lusa.
Na aldeia, uma idosa teve de receber assistência por parte dos
bombeiros devido ao cansaço e à exposição às altas temperaturas que
foram registadas.
"Isto esteve muito mau. Pareceu-me que foi um relâmpago que aqui caiu.
Eu, na minha vida, num vi um fogo tão mau", disse à Lusa Amélia
Castro, uma habitante da aldeia, com 86 anos de idade.
A população relatou ainda imóveis agrícolas destruídos e animais que
foram apanhadas pelas chamas, situações que serão averiguadas pelas
autoridades.
As frentes de fogo atingiram as freguesias de Castelo Branco,
Meirinhos, Bruçó e Souto da Velha (Torre de Moncorvo), locais onde
estão concentradas as atenções dos bombeiros.
O lugar das minas das Fonte Santa, junto à localidade das Quintas das
Quebradas teve mesmo de ser evacuado tendo os bombeiros retirado do
local cerca de uma dezena de pessoas.
O dispositivo de combate a incêndios envolve mais de 350 operacionais
os quais serão reforçados ao longo da madrugada com grupos de combate
provenientes de Santarém, Porto, Coimbra e Viseu.
"O incendio que deflagrou cerca das 13:47 em Picões/Ferradosa, no
concelho de Alfândega da Fé, nada tem ver com o incendio registado no
concelho de Mogadouro e que deflagrou cerca das 19:00", acrecentaram
as autoridades no terreno.
Desde as 00:00 estão ativos em Portugal continental e em destaque na
página da Autoridade Nacional de Proteção Civil na Internet quatro
incêndios, sendo o de Picões/Ferradosa no concelho de Alfandega da Fé,
com quatro frentes ativas, o que mais meios mobiliza, com 281
operacionais e 77 viaturas.
O incêndio na aldeia da Quinta das Quebradas, Mogadouro, com três
frentes, mobilizava, às 01:00, 93 homens e 26 viaturas, enquanto o
fogo em Pereira/Salto, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real,
com uma frente ativa em mato, era combatido por 53 operacionais,
apoiados por 15 viaturas, mas já estava com indicação de "dominado".
Na Soalheira, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, um
incêndio com uma frente em zona de mato, ativo desde as 23:59 de
terça-feira, estava a ser combatido por 131 operacionais, apoiados por
38 veículos, e à 01:00 estava também dado como "dominado".
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3314325&seccao=Norte&page=-1
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