LUSA 11/02/2014 - 11:53
Para a Protoiro, não há evidência científica que impeça menores de assistirem e participarem em espectáculos tauromáquicos.
A Federação Portuguesa de Tauromaquia acusa a ONU de ter cedido ao lóbi anti-touradas VÍTOR CID
A Federação Portuguesa de Tauromaquia (Protoiro) considera infundadas as recomendações das Nações Unidas sobre a exposição de crianças a espectáculos com touros, acusando esta organização de ter cedido ao lóbi anti-touradas.
O Comité dos Direitos das Crianças das Nações Unidas (ONU) recomendou na semana passada a Portugal que tome medidas para restringir o acesso de menores a touradas, nomeadamente elevando a idade a partir da qual é permitido assistir ou participar nestes espectáculos.
"Não existe nenhuma prova científica que fundamente as recomendações que o Comité acaba de fazer", sustenta a Protoiro num comunicado enviado à agência Lusa.
A Federação cita estudos realizados em França e Espanha por "reputados especialistas no tema" para contrariar as recomendações da ONU, rejeitando a ideia de que a assistência de menores a touradas "tenha impacto negativo na sua personalidade e bem-estar".
Os representantes da tauromaquia classificam como mentirosas as informações que serviram de base às recomendações das Nações Unidas e estranham a ausência de contraditório e de sentido crítico do Comité. Além disso, a federação lamenta a inclusão da tauromaquia numa análise "sobre importantes e reconhecidos problemas das crianças".
"Esta inserção, perfeitamente despropositada, resulta apenas do lóbi profissional feito pela Fundação Franz Weber, uma fundação suíça que tem por objectivo a abolição da tauromaquia a nível mundial", refere a nota.
Para a Protoiro, a tauromaquia "pauta-se pelo profundo respeito e promoção dos valores e direitos humanos [...] profundamente arreigados na nossa cultura".
"Num momento em que Portugal está economicamente subjugado ao estrangeiro, surge uma fundação suíça que, com a lamentável conivência da ONU, nos quer retirar a liberdade de escolher o modo como devemos viver e educar os nossos filhos", lamenta a federação.
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