por Emília Freire
16 de Abril - 2014
No Fórum AgroIN ficou claro que a agricultura está IN, como afirmou o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito. Mas o agricultor de hoje tem de ser, sobretudo, gestor e os desafios estão em incentivar a equipa para trabalhar de forma mais eficiente, inovar em produtos e processos, cooperar em cadeia para criar valor, escala e dimensão e poder estar no mercado global, internacionalizando.
A 9 de abril, cerca de 300 participantes, assistiram ao longo do dia no Centro de Congressos do Estoril a apresentações e debates de vários agentes ligados aos agronegócios, na 1ª edição do AgroIN Fórum, organizado pela VIDA RURAL e pela IFE, falando das apostas e experiências das suas empresas, mostrando que a cadeia agrícola tem tudo para ser um dos motores da recuperação da economia nacional.
E falamos de cadeia agrícola porque na abertura do dia de trabalhos o economista Augusto Mateus deixou uma análise, quase provocatória, para lançar o debate, afirmando que "continua-se a falar de setores, mas isso não existe, não é assim que funciona a economia, o que há são cadeias de valor é nelas que o gestor agrícola tem de trabalhar, cooperar". O economista frisou igualmente que "a empresa isolada, e o segredo como alma do negócio, morreu. É necessário responder à concorrência com cooperação com os que são parecidos connosco".
Saltamos agora da abertura para o encerramento, onde Nuno Vieira e Brito destacou que "olha-se hoje para a agricultura como uma oportunidade de negócio e como possibilidade de ajudar Portugal a sair da situação difícil dos últimos dois anos" e informou que a estratégia do Ministério da Agricultura e do Mar se baseia nos quatro 'Is': Industrialização; Inovação; Investigação e Internacionalização.
Para isso, Jorge Tomé, presidente da Comissão Executiva do BANIF, assegurou que a banca, nomeadamente a instituição que dirige, está muito empenhada em conhecer melhor a atividade agrícola, falando com associações e produtores, para disponibilizar, da melhor forma, fundos que ajudem a impulsionara a agricultura nacional.
Os 'Is' também já tinham estado no centro de algumas das intervenções anteriores do AgroIN, na mesa redonda moderada pela diretora da VIDA RURAL, Isabel Martins, onde participaram José Manuel Gomes, diretor comercial da Casa de Prisca; Gonçalo Andrade, administrador da Lusomorango; Manuel Évora, administrador da Luís Vicente e presidente da Portugal Fresh; e Pedro Atalaya, diretor da ANPOC e produtor de cereais btp, com destaque para a Inovação, mas também na apresentação de Carlos Gonçalves, administrador da Mendes Gonçalves e na mesa redonda moderada por Luís Mira, presidente da Inovisa; e onde participaram Aristides Sécio, presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP); João Miranda, CEO da Frulact; e Manuel Rocha, CEO da Adega de Borba, sendo que aqui o maior destaque foi para a Internacionalização.
De Organizações de Produtores e cooperação entre produção e transformação falaram também Eduardo Vasconcelos, da Bel Portugal e Mauro Cardoso, da Monliz. Enquanto Luís Ramos, chefe de divisão de estatística do Gabinete de Planeamento e Políticas, Francisco Avillez, da Agroges e Jorge Soares, administrador da Campotec, ajudaram a perceber melhor as contas da agricultura, as candidaturas e montagem de projetos agrícolas e a forma de reduzir a conta de cultura.
Por último, um painel polémico onde se discutiu a relação entre a produção e a distribuição, nomeadamente à luz da nova lei, onde participaram Domingos Santos, presidente da FNOP e da Frutoeste; Duarte Pirra Xarepe, advogado da SRS Advogados; Francisco Espregueira Mendes, sócio da Telles de Abreu e Associados; Joaquim Candeias, diretor comercial-direção comercial alimentar do Intermarché e Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca.
Veja a reportagem completa na edição de abril da revista VIDA RURAL
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