A Cooperativa de Camponeses do Vale do Mondego/Parque Natural, na
Guarda, investiu €800 mil euros na construção de um lagar de azeite
biológico.
www.expresso.pt, Lusa
11:33 Quinta feira, 27 de Janeiro de 2011
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O lagar "estará a funcionar em pleno no próximo ano", embora já tenha
laborado na campanha deste ano "algumas toneladas de azeitona, a
título experimental", explica Mário Martins, diretor da cooperativa.
O equipamento, que começou a ser construído em julho de 2010, na
freguesia de Misarela, no Vale do Mondego, já está totalmente
instalado, "faltando apenas os arranjos exteriores", indicou.Mário
Martins disse que o lagar difere dos tradicionais, porque a extração
do azeite é feita "a frio e sem água".
"É diferente dos outros porque aqueles metem água quente no circuito
para extrair o azeite. Neste, o azeite é extraído a baixa temperatura,
a frio e sem água, porque a única coisa que entra no 'decanter' é a
massa da azeitona", explicou.
Adiantou que o azeite fabricado neste processo "mantém todas as suas
características originais, a textura, o paladar, a cor e o sabor". O
novo lagar está equipado com duas linhas de produção, uma que
trabalhará
exclusivamente para azeite biológico e outra para azeite tradicional.
20 litros de azeite por cada 100 quilos de azeitona
O dirigente frisou que a produção experimental deste ano permitiu
concluir que a azeitona colhida no Vale do Mondego "tem um rendimento
entre os 18 e os 20 por cento", ou seja, "que cada 100 quilos de
azeitona produz 18 a 20 litros de azeite".
De acordo com Mário Martins, o novo equipamento "está dimensionado
para o Vale do Mondego" e para os associados da cooperativa, mas a
direção admite alargar a área de influência a outros concelhos da
região, que possuem lagares de menores dimensões.
O lagar de Misarela tem capacidade para laborar "até 2.500 toneladas
de azeitona por ano", esclareceu. O investimento de 800 mil euros teve
uma comparticipação do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) em
40 por cento, sendo a restante verba assegurada pela Cooperativa de
Camponeses do Vale do Mondego/Parque Natural.
A unidade ficará dotada com uma linha de enchimento, para
comercialização de azeite produzido, que terá uma marca própria,
segundo o dirigente. Quando estiver a funcionar em pleno garantirá
dois postos de trabalho em permanência e três temporários, referiu.
O edifício do lagar também foi projetado para acolher um Mercado de
Aldeia, onde os agricultores do Vale do Mondego poderão vender os seus
produtos.
http://aeiou.expresso.pt/agricultores-do-mondego-apostam-no=f628441
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