Jerónimo Martins revitaliza mercearias com rede Amanhecer

Retalho
Marina Conceição
28/01/11 00:05
A Recheio já recebeu cerca de 100 candidaturas. É preciso "ter garra"
e uma loja com 50 m2, no mínimo.
.
Os comerciantes aderem à Amanhecer, ficando obrigados a comprar
produtos à Recheio durante cinco anos.
Francisco Simões tem 50 anos e passou os últimos dez à frente da sua
mercearia na Rua dos Correeiros, na baixa lisboeta. Em Setembro,
quando a Recheio, empresa de retalho grossista da Jerónimo Martins
(JM), o desafiou a tornar-se numa loja Amanhecer, Francisco Simões
hesitou. Afinal, estava a pensar fechar a mercearia. No final, aceitou
as vantagens de poupança de energia, compra de marca própria Amanhecer
mais barata e remodelação propostas pela JM.

O conceito das lojas Amanhecer foi pensado pela JM no último ano e
meio no seio da Recheio, marca de 'cash&carry'. Um projecto que nasceu
para "ajudar a recuperar a competitividade do comércio tradicional",
explicou ontem David Lopes, director-geral da Recheio. Uma estratégia
que serve também para salvar o próprio negócio da Recheio. "Cerca de
metade dos clientes da Recheio são comerciantes tradicionais", ou
seja, dos 100 mil clientes da insígnia da JM cerca de 40 mil são donos
de mercearias de bairro. "Com este projecto, estamos a tratar da
própria sustentabilidade do nosso negócio", admitiu David Lopes.
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