por Confederação Nacional da Agricultura
27 de Agosto - 2013
Assim que se conjugam condições climáticas mais propícias, aí temos os
incêndios florestais com o seu cortejo de destruição e tragédias.
As chamas destroem teres e haveres enquanto as Populações desesperam.
Os Bombeiros andam exaustos e, lamentavelmente, alguns perdem a vida.
As Corporações de Bombeiros perdem viaturas, equipamentos e ficam sem
recursos financeiros. Por cima, os pilotos dos meios aéreos de combate
aos incêndios têm uma "vista panorâmica" do inferno enquanto despejam
os baldes e tanques cá para baixo. As televisões mostram e remostram,
em directo e em diferido, reportagens alucinantes do "espectáculo" !
Os governantes falam, falam e, para desviar as atenções do essencial,
centram-se nas detenções dos suspeitos de fogo posto…
Ruína da Agricultura Familiar, Falta de Prevenção de Incêndios,
Atrasos, Erros e Falhas Graves no Ordenamento Florestal: Eis o
conjunto das principais causas que determinam o mau estado geral da
floresta portuguesa onde um qualquer acidente ou imprudência podem ter
a "potência" de uma bomba de napalm !... Tudo isto são consequências
das políticas agrícolas e florestais verdadeiramente "pirómanas! A
estas, podemos ainda juntar motivações de interesses económicos
ilícitos.
Más políticas Agro-Florestais aplicadas por sucessivos governos ao
longo de muitos anos. Com a ruína da Agricultura Familiar e o êxodo
das Populações Rurais; com a falta de prevenção de incêndios
florestais de forma sistemática e organizada; com a ausência de
ordenamento florestal de que apenas tira proveito a floresta
industrial (monocultura) de espécies de crescimento rápido.
Continua-se a gastar no combate quase 4 vezes mais o que não se gasta
em prevenção. Agora, às más políticas agro-florestais o governo junta
as imposições fiscais sobre a Lavoura que vão provocar ainda mais
abandono da actividade agrícola.
A CNA reclama ao governo o levantamento criterioso dos prejuízos
(culturas, gado, alfaias, equipamento, habitações, entre outros) que
atingem severamente os Agricultores, os Produtores Florestais e a
População em geral para atribuir indemnizações a serem pagas com a
maior urgência.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7517&bl=1
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