05.09.2013
imprimir
email
Com a seleção genética realizada na fazenda Teotônio, em Madalena, é
possível baratear o leite em até 30%
Uma pequena amostra de um trabalho de quase 50 anos, desenvolvido pelo
Grupo Edson Queiroz, foi exposta ontem no 17º Seminário Nordestino de
Pecuária (PECNordeste), que acontece no Centro de Eventos do Ceará até
hoje. Trata-se do aperfeiçoamento do cruzamento entre bovinos das
raças Guzerá e Holandês, que origina um animal mais produtivo e
resistente, o Guzolando. Com essa seleção genética realizada na
fazenda Teotônio, no município de Madalena, é possível baratear o
preço do leite em até 30%.
O superintendente de Agropecuária do Grupo Edson Queiroz, Henrique
Braga, expõe o resultado de um trabalho de 50 anos, a raça Guzolando
Foto: Bruno Gomes
"Decidimos aliar a rusticidade do Guzerá, que é a raça que mais se
adapta à aridez do sertão cearense, com a grande produtividade de
leite do bovino Holandês. O resultado acaba sendo um animal altamente
produtivo e resistente, que tolera mais calor, não exige tanto
medicamento e é bastante fértil. Isso nos permite produzir um leite
mais barato e de melhor qualidade", afirma o veterinário da fazenda
Teotônio, Francisco Barbosa.
Ainda segundo o veterinário, atualmente, o Grupo Edson Queiroz possui
duas fazendas, que produzem juntas aproximadamente 30 mil litros de
leite por dia. "São cerca de 1,5 mil cabeças de Guzolando no setor de
lactação, que mostram toda a sua capacidade produtiva", diz.
Conforme o superintendente de Agropecuária do Grupo Edson Queiroz,
Henrique Braga, o trabalho de melhoramento genético é uma forma de
tornar as fazendas mais sustentáveis, pois eleva o valor agregado dos
animais. "Além de multiplicar os resultados, esse trabalho também
aumenta bastante a qualidade do rebanho, pois a produtividade dos
nascimentos também avança. Assim, o produtor não terá apenas um, mas
vários animais com melhor genética", diz.
Parceria com a Unifor
Para melhor desenvolver a genética de seus animais, a fazenda Teotônio
mantém uma parceria com a Universidade de Fortaleza (Unifor), que
auxilia em diversos processos. "Essa parceria é interessante porque
beneficia ambas as partes. Para nós, é uma forma de pesquisar uma
genética de alta qualidade, enquanto a fazenda explora nossa
biotecnologia para perpetuar os genes de melhor qualidade", comenta o
veterinário e coordenador do laboratório de biologia molecular e
desenvolvimento da Unifor, Marcelo Bertolini. Na ocasião, ele
demonstrou aos produtores o procedimento de aspiração folicular, que
retira óvulos dos animais para fecundação in vitro.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1314335
Sem comentários:
Enviar um comentário