quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Parlamento aprova voto de pesar pela morte de bombeiros e decide criar grupo de trabalho

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Miguel Macedo manifestou o empenho do Governo para "tudo fazer para
que o inferno das chamas que se repete ano após ano tenha um dia o seu
fim"

As bancadas parlamentares uniram-se hoje na aprovação de um voto de
pesar, ao qual se associou o Governo, pela morte dos bombeiros no
combate aos incêndios e comprometeram-se a criar um grupo de trabalho
sobre fogos florestais.

"Porque é um desafio que nos é lançado a todos nós que ficamos, a
todos nós sociedade política e sociedade civil: o de empreendermos
agora uma luta de muitas frentes, recusa de banalização da tragédia,
de mobilização de todos os meios e vontades para que um mal assim não
volte a acontecer", argumentam os deputados, no texto lido pela
presidente do Parlamento, Assunção Esteves.

O voto determina a criação de um grupo de trabalho "para uma ação
determinada que considere as múltiplas dimensões em que o problema
deve ser enfrentado" e a realização de um "grande debate" no mês de
outubro.

O texto foi aprovado por unanimidade, após um debate a que assistiram
familiares e amigos dos bombeiros falecidos, nas galerias da Sala do
Senado, onde está reunida a comissão permanente da Assembleia da
República.

Associando-se ao voto, o ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, manifestou o empenho do Governo para "tudo fazer para que o
inferno das chamas que se repete ano após ano tenha um dia o seu fim".

Miguel Macedo expressou reconhecimento pela dedicação dos bombeiros,
assegurando, numa "nota pessoal", que sente "determinação redobrada"
para fazer "o que ainda não foi feito", independentemente de "todos os
apuramentos" que se façam em matéria de combate aos incêndios.

"Sabendo que é uma atividade de muito risco, com condições
climatéricas muito difíceis, sabendo tudo isso, temos que redobrar a
determinação para fazer aquilo que não ainda não foi feito", disse.

Os incêndios florestais deste verão fizeram até à data oito vítimas
mortais e causaram ainda ferimentos a mais de 50 operacionais.

Desde 1980, e segundo a Associação Nacional de Bombeiros Portugueses,
morreram em serviço mais de 220 bombeiros.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/parlamento-aprova-voto-pesar-pela-morte-bombeiros-decide-criar-grupo-trabalho

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