sábado, 14 de setembro de 2013

Parlamento Europeu apoia transição para biocombustíveis com menor impacto ambiental

Foto: ©BELGA/DPA

Os eurodeputados votaram hoje a favor de medidas para acelerar a
transição dos biocombustíveis clássicos, como o etanol ou o biodiesel,
para os de segunda geração, como os produzidos a partir de algas ou
resíduos. O objectivo é reduzir as emissões de gases com efeito de
estufa resultantes da crescente utilização de terrenos agrícolas para
a produção de biocombustíveis.

"Este debate foi muito difícil porque os interesses económicos
estiveram vincadamente presentes. Trata-se de um texto muito técnico,
mas com implicações económicas e éticas importantes", disse a relatora
da Comissão do Ambiente do PE, Corinne Lepage (ALDE, França).

O Parlamento Europeu defende que a quota de energia proveniente de
biocombustíveis "clássicos" ou de primeira geração, produzidos a
partir de cereais e outras culturas ricas em amido e culturas
açucareiras, oleaginosas e outras culturas energéticas cultivadas em
terra, não deve ser superior a 6% do consumo final de energia nos
transportes em 2020. Actualmente, o objectivo para 2020 está fixado
nos 10%.

Os eurodeputados são a favor de que sejam tidas em conta as emissões
de gases com efeito de estufa que resultam da crescente utilização de
terrenos agrícolas para a produção de biocombustíveis. Essas emissões
decorrentes das chamadas "alterações indirectas do uso do solo" (AIUS)
podem anular a redução das emissões associadas aos biocombustíveis.

Incentivo aos biocombustíveis avançados

Por seu lado, a quota de energia dos biocombustíveis "avançados" ou de
segunda geração, como os produzidos a partir de algas ou resíduos,
deve representar, pelo menos, 2,5% do consumo final de energia no
setor dos transportes em 2020, de acordo com as regras aprovadas pelos
eurodeputados.

Próximos passos

As alterações foram aprovadas por 356 votos a favor, 327 contra e 14
abstenções. O texto adoptado em plenário constitui a posição do
Parlamento Europeu em primeira leitura. Os Estados-Membros, reunidos
no Conselho, têm ainda de adoptar uma posição comum sobre esta
matéria. No caso de a posição do Parlamento e do Conselho serem
distintas, o texto voltará ao Parlamento para segunda leitura.

Fonte: PE

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/12b.htm

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