segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Repensar organização" no combate às chamas

Fernando Curto, Presidente da Associação Nacional de Bombeiros
Profissionais, sobre falhas no combate aos fogos.

06 de Setembro, 00h12
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Por:João C. Rodrigues



Correio da Manhã – O que falhou para morrerem tantos bombeiros este
ano no combate aos fogos florestais?

Fernando Curto – Falhou a prevenção e a coordenação. É toda uma
estrutura nacional que está a falhar, começando logo pelo Ministério
da Agricultura e a Direção Geral de Florestas. É preciso fiscalizar e
multar quem não cuida dos seus terrenos, sejam de particulares, sejam
do Estado.

Há falta de experiência entre os bombeiros que são enviados para os fogos?

Não. Morreram bombeiros com 50 anos e com 18. O problema está na
coordenação. Não se podem pôr os bombeiros na testa do fogo. É preciso
repensar a organização e os meios. Por exemplo, porque não se usa
calda nos meios aéreos. Já se viu que só água não chega.

A forma como se combatem fogos em Portugal está assim tão errada? O
que é preciso mudar?

Há uma falência enorme do sistema. O ordenamento da floresta está
errado. O Ministério da Administração Interna investe no combate, mas
o da Agricultura não o faz na prevenção. E há o problema da
estatística. Põem-se bombeiros em risco para que os relatórios mostrem
menos um hectare ardido.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/repensar-organizacao-no-combate-as-chamas

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