Um dos fundadores da Greenpeace Patrick Moore está a organizar a
campanha internacional "Allow Golden Rice Now!" -
www.allowgoldenricenow.org - para lutar contra um crime perpetuado
pela própria Greenpeace. Aquela organização ambientalista mantém há
muitos anos a sua posição anti arroz-dourado com consequências
devastadoras para milhões de crianças em todo o mundo em
desenvolvimento.
A campanha "Autorizem o arroz dourado Agora!" defende a produção
daquele arroz transgénico e foi ontem lançada com Patrick Moore a
liderar uma manifestação em frente aos escritórios da Greenpeace
divulgando a mensagem: "Crime Contra a Humanidade da Greenpeace – Oito
milhões de crianças mortas".
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, todos os anos, mais
de 500 mil crianças ficam cegas devido à falta de pró-vitamina A.
Metade dessas crianças morre um ano depois de ficarem cegas. Das 3 mil
milhões de pessoas que depende do arroz como alimento principal na sua
dieta alimentar, cerca de 250 milhões de crianças têm falta de
pró-vitamina A.
O objectivo desta campanha é convencer a Greenpeace de que tem de
abrir uma excepção para a sua posição de tolerância zero aos
Organismos Geneticamente Modificados (OGM) no caso do arroz dourado,
porque esta é uma causa humanitária. O arroz convencional não tem
beta-caroteno, o nutriente que os seres humanos necessitam para
produzir vitamina A. Em 1999, Ingo Potrykus e Peter Beyer,
investigadores que estavam cientes desta crise humanitária, inventaram
o Arroz Dourado depois de nove anos de esforços. Através da inserção
de genes do milho no arroz foram capazes de fazer com que as plantas
do arroz produzissem beta-caroteno nas bagas do arroz. É o
beta-caroteno que dá a cor dourada ao milho e a cor laranja às
cenouras.
O Arroz Dourado tem a capacidade de acabar com a cegueira, o
sofrimento e a morte causada por falta de pró-vitamina A.
Ao longo dos últimos anos foi comprovado que o Arroz Dourado pode ser
produzido com sucesso e segurança. Os ensaios clínicos de nutrição -
com animais, seres humanos adultos e crianças com deficiência em
pró-vitamina – provaram que o Arroz Dourado pode facilitar a produção
de vitamina A e acabar com este problema devastador.
Mesmo assim, a Greenpeace continua a apoiar a destruição violenta dos
campos de ensaio e a fingir que não existem estudos científicos de
revisão por pares que provam que o Arroz Dourado é eficiente e seguro.
Recentemente cerca de 6000 mil cientistas de todo o mundo assinaram
uma petição mostrando a sua indignação contra a destruição de campos
de ensaio nas Filipinas que ocorreram recentemente –
http://chn.ge/1bpsp7f.
A campanha "Autorizem o arroz dourado!" exige que a Greenpeace pare de
apoiar estas actividades, que pare de financiar projectos
anti-Arroz-Dourado e declare que não se opõem ao Arroz Dourado.
Patrick Moore acredita que as acções continuadas para bloquear o Arroz
Dourado constituem um crime contra a humanidade, tal como definido
pelas Nações Unidas.
O Instituto Internacional de Investigação do Arroz (IRRI), nas
Filipinas, está a coordenar a investigação e o desenvolvimento em
Arroz Dourado. O IRRI é apoiado pela The Rockefeller
Foundation, The Bill and Melinda Gates Foundation, Helen Keller
International, USAID e muitas instituições de investigação agrária em
todo o mundo. O Arroz Dourado é controlado por organizações sem fins
lucrativos e os agricultores não dependem de nenhum fornecedor em
particular.
A Campanha "Allow Golden Rice Now!" irá protestar nos escritórios da
Greenpeace em todo o mundo, declarou Moore. "Oito milhões de crianças
morreram desnecessariamente desde que o Arroz Dourado foi inventado.
Quantos mais milhões pode a Greenpeace carregar na sua própria
consciência?".
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/10/04c.htm
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