por Emília Freire
26 de Março - 2014
Destruição do solo, alteração dos ciclos biológicos, diminuição da diversidade, perda da qualidade dos produtos, contaminações de água, do solo, dos alimentos e um encarecimento contínuo da produção. É contra estes factores que alguns agricultores estão a apostar na criação de sistemas biodoversos e sustentáveis.
Luís Pessoa é um jovem agricultor de Cantanhede que decidiu avançar com um projeto ProDeR para Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM) biológicas. Os cogumelos vieram depois, em complemento, e o objetivo é agora associar-se a outros produtores da região e “criar um sistema biodiverso e sustentável”. Um apicultor será o primeiro parceiro.
O jovem agricultor considera que, aos poucos, o homem e a natureza se foram dissociando, entrando em confrontação. E o resultado dessa crescente confrontação foi uma progressiva destruição do solo, alteração dos ciclos biológicos, diminuição da diversidade, perda da qualidade dos produtos, contaminações de água, do solo, dos alimentos e um encarecimento contínuo da produção.
Por isso, decidiu criar a ecogrow – biodynamic systems com o objetivo de reestabelecer esses laços de compreensão entre o homem e a natureza. “Criada a partir de uma conceptualização obstinada por toda a essência da natureza, o objetivo partiu por conceber um sistema biodinâmico capaz de responder a um mercado exigente no que concerne a produtos inovadores e provenientes de um sistema ecologicamente sustentável”, explica o produtor.
O projeto, que apresentou em 2012, apontava para “a produção de ervas aromáticas, condimentares e medicinais numa área total de 2,20 hectares, para venda de ervas frescas, secas, plantas em vaso e, futuramente, óleos essenciais, sendo que o investimento total era de 90.000 euros e conseguiu um apoio de 50%, por parte do ProDer + um prémio de instalação de 30.000 euros”, explica Luís Pessoa à VIDA RURAL, salientando que “falta realizar cerca de 50% da operação, com prazo de conclusão a 29 de abril do presente ano”.
No caso da produção de spawn/micélio e de fardos de produção de cogumelos, o investimento (cerca de 5.000 euros) para a construção do laboratório, foi todo proveniente de capital próprio.
Veja a reportagem completa na edição de Março da VIDA RURAL
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