LUSA e PÚBLICO 23/03/2014 - 09:59
Do acidente no dia de Natal resultaram quatro mortos e quatro feridos graves.
O cavalo que originou o acidente no dia de Natal em Évora, com quatro mortos e quatro feridos graves, é oriundo da região espanhola da Andaluzia, continuando o seu proprietário por identificar, três meses após o acidente.
A directora-geral da Alimentação e Veterinária (DGAV), Teresa Villa de Brito, revelou que foram “contactadas várias empresas que distribuem microchips para cavalos” e que foi encontrado o fornecedor do identificador electrónico do animal que provocou o acidente.
“Contactámos essa empresa [da Suíça] que nos informou que o microchip com aquele número tinha sido distribuído para Espanha, nomeadamente para a zona da Andaluzia”, referiu.
Teresa Villa de Brito indicou que estabeleceu contacto com o seu homólogo espanhol, Lucio Carbajo, que “respondeu que não tinha encontrado registo de nenhum equídeo com aquele número de identificação”.
Isto significa, segundo a mesma responsável, que “o microchip terá sido aplicado, mas não terá sido feito o registo do animal”. “Com estes dados, será muito difícil saber quem é o proprietário”, previu.
No Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Évora, continua a decorrer um inquérito sobre o caso, estando a ser feitas diligências junto do importador do microchip, segundo fontes judiciais e policiais.
O acidente, que ocorreu no dia de Natal de 2013 na Estrada Nacional (EN) 114, entre Évora e Montemor-o-Novo, envolveu a colisão de dois veículos ligeiros de passageiros, após um deles ter colidido com um cavalo à solta que terá invadido a faixa de rodagem.
Em consequência do despiste, registou-se a morte da ex-jornalista do PÚBLICO Maria Antónia Ascensão, 47 anos, do marido João Carlos Sousa, 52 anos, e da filha de cinco anos; além de uma mulher de 83 anos que seguia no outro veículo.
Nas semanas que se seguiram ao acidente, a PSP e a Protecção Civil Municipal de Évora fizeram uma “fiscalização conjunta” para detectar cavalos que representassem perigo para vias rodoviárias, tendo sido recolhidos 12 animais.
Cinco foram adoptados e os restantes sete foram entregues aos seus proprietários, após apresentarem “documentação comprovativa da sua posse e mediante o pagamento dos custos que o município teve”.
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