Março 19
13:24
2014
Com o intuito de reduzir os custos da rede secundária de rega do Alqueva, foi abandonado o projecto de fornecimento de água sob pressão aos pequenos regadios e estes têm de ir buscar a água morta aos pontos de distribuição e bombeá-la para os seus terrenos.
Como no projecto inicial nunca esteve prevista uma rede eléctrica de distribuição de energia, os pequenos regantes têm agora água, mas não electricidade para a bombear. As hipóteses para o fazer são muito complicadas, pois os agricultores ou fazem grandes investimentos para colocar electricidade nos pontos de abastecimento, cujo retorno pode vir a ser difícil, ou então trabalham com motores diesel, cujo custo de funcionamento é muito mais elevado e são equipamentos que são facilmente roubados.
Como é lógico, a Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas do Alqueva descarta qualquer responsabilidade, pois nunca no projecto esteve prevista a instalação de rede eléctrica, pelo que a única hipótese que os agricultores têm é recorrer a ajudas do PRODER para vir a ter electricidade, mas,mesmo aqui, existe o problema do capital próprio para o investimento, que muitos agricultores não têm.
Como solução, os representantes dos produtores pedem que a água seja colocada à entrada das parcelas com o mínimo de 14 hectares, num ponto (hidrante) que dê pressão para a rega. No caso de parcelas mais pequenas, poder-se-iam usar hidrantes colectivos.
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